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Obras na Índio Tibiriçá vão atrasar
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
03/05/2005 | 11:19
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As obras de recuperação da rodovia Índio Tibiriçá só devem começar em junho. A previsão inicial era de que os trabalhos começassem até o final deste mês, mas problemas no processo de licitação para escolha da empresa que será responsável pelas obras forçaram a Secretaria de Estado dos Transportes a rever o cronograma.

O atraso de pelo menos um mês se deve a uma ação movida em março por uma das empresas interessadas em fazer a obra, orçada em R$ 20,7 milhões. O grupo questionou no TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo os pré-requisitos exigidos pelo governo para inscrição de empresas.

O processo foi julgado no último dia 27 e o TCE considerou improcedente a ação e autorizou que o governo desse seqüência aos trabalhos de escolha da empresa que realizará a reforma. As cartas com as propostas das interessadas na obra foram abertas segunda-feira e a documentação de cada um dos grupos começou a ser analisada.

Todo trabalho deve ser concluído em, no máximo, dois meses. Este é o último entrave burocrático para o início das obras, que devem durar um ano. Dentro do projeto, estão previstos construção de três trevos para ordenar o acesso a bairros, duplicação de sete trechos (para facilitar ultrapassagens) e recapeamento dos 37 quilômetros de estrada.

A proposta é bem mais tímida do que o projeto inicial da Secretaria de Estado dos Transportes para a revitalização da Índio Tibiriçá. O projeto inicial previsto pelo governo previa a construção de nove trevos e oito duplicações de pista, cada qual com um quilômetro.

A Índio Tibiriçá passa por São Bernardo, Santo André e Ribeirão Pires, e chega a Suzano. É uma das rodovias estaduais mais perigosas do Estado. Entre janeiro e novembro do ano passado, houve 434 acidentes na estrada. Média de mais de um acidente por dia. Nesse período, 13 pessoas ficaram feridas e 16 morreram.

Por conta do alto índice de acidentes, a Índio Tibiriçá é conhecida como rodovia da morte. Mal conservado, o asfalto da Índio Tibiriçá tem degraus de até 10 centímetros. Além disso, faltam rotatórias – são apenas três trevos, que não servem todos os acessos a bairros.



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