Os funcionários comissionados de Ribeirão Pires continuam sem receber salário. O pagamento, que deveria ter sido efetuado na terça-feira, atrasou de novo e os servidores passarão o fim de semana sem os contracheques. A previsão era que o valor fosse quitado ontem, porém, novamente os vencimentos não caíram na conta dos aproximadamente 200 comissionados do município. A nova previsão do Paço é que o salário seja pago na segunda-feira.

Passando por dificuldades financeiras, a gestão Saulo Benevides (PMDB) já admitiu estudos para corte no número de comissionados, revisão de contratos e suspensão de gratificações. A única medida já tomada foi a aprovação do projeto de lei, de origem do Executivo, que diminui a jornada de trabalho dos funcionários comissionados, com redução salarial.

Em nota, o prefeito Saulo Benevides afirmou que a situação é “atípica”. “Nosso governo é um dos poucos que nunca atrasou pagamento e que tem driblado os efeitos da crise porque apostamos em um desenvolvimento estratégico da cidade”, explicou o peemedebista.

O atraso foi justificado pela redução da cota do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) – Ribeirão teria recebido R$ 500 mil a menos no mês de junho – e pelo não recebimento de outros impostos, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

A mesma justificativa foi usada quando o salário do funcionalismo público atrasou no início da semana. Os servidores receberam os vencimentos por volta das 16h de terça-feira. Duas escolas da cidade – EM Angelina Denadai Bertoldo, na Vila Colônia, e EM Antonio Cumpian Silva Pastor, no Jardim Santa Luzia – não funcionaram e os servidores ameaçaram iniciar greve.

O atraso atinge 179 comissionados, 20 secretários, a vice-prefeita e chefe da Pasta de Educação, Leonice Moura, e o próprio prefeito Saulo Benevides.