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Moveleiros criam plano
para equipar casa popular
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
21/07/2011 | 07:30
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O setor moveleiro de São Bernardo está de olho nas classes C e D da cidade. A ideia dos lojistas e marceneiros é vender móveis para as famílias que irão ocupar as 5.200 unidades habitacionais que deverão ser entregues pela Prefeitura até o fim de 2012.

"Nossa meta é atender pelo menos 20% destas famílias com móveis de qualidade e condições de financiamento atraentes", destacou o diretor de comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Giovanni Rocco.

Segundo o representante do Sindicato das Indústrias de Móveis do Grande ABC, Mário Strufaldi, o custo para mobiliar um apartamento de até 50 metros quadrados fica entre R$ 12 mil e R$ 15 mil. "Nossa intenção é fazer um showroom com três projetos de apartamentos para escolha do cliente", explicou.

Este valor, conforme Strufaldi, prevê itens básicos, tais como armários e cama para quartos, armários de cozinha, gabinete de banheiro e estante para sala.

A facilidade de pagamento fica por conta da Caixa Econômica Federal, por meio do Construcard, com juros de 1,98% ao mês mais taxa referencial. "O morador terá até 60 meses para pagar e a primeira parcela só cai após seis meses", explicou a supervisora de canais da Caixa, Mayli Nakaima. No caso do financiamento de 60 meses, a parcela ficaria em aproximadamente R$ 300 por mês.

A secretária de Habitação da cidade, Tássia Regino, viu com bons olhos a parceria, que pretende fomentar o setor moveleiro da cidade. "Essas famílias querem investir agora que possuem a casa própria. O próximo passo é definir quais serão os apartamentos showroom", disse.

As unidades poderão ser escolhidas tanto no Conjunto Três Marias, no Bairro Cooperativa, quanto no Conjunto Silvina/Oleoduto, no Jardim Silvina. A intenção é que as vendas comecem ainda neste ano.

MORADORES - Para a dona de casa Sara Maria Salazar Ferreira, 44 anos, seria a oportunidade de mobiliar sua unidade habitacional que ocupa há um mês no Conjunto Três Marias. A família dela veio de um alojamento no Jardim Ipê com poucos móveis. "Meu sonho agora que ganhei a casa é ter coisas bonitas e de qualidade. Essa parcela cabe no bolso", disse.

Já a doméstica Rosenaide Maria Souza Santos, 44, não conseguiria fechar negócio hoje. "Só compro na Casas Bahia porque eles facilitam o pagamento. Quando acabo um financiamento, começo outro. Não posso pagar uma parcela maior que R$ 150", afirmou Maria.




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