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Dona de casa mata marido a tesouradas no Campestre
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
08/04/2008 | 07:17
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A dona de casa Maria Madalena Pereira, 44 anos, foi presa anteontem a noite após confessar à polícia o assassinato do marido, Damião Monteiro de Oliveira, 54. Ela o matou com três golpes de tesoura, no prédio em que ele trabalhava, na Rua das Figueiras, bairro Campestre, em Santo André.

 Segundo declarou à polícia, a dona de casa foi até o trabalho do marido após tentar, sem sucesso, falar com ele por telefone durante a tarde toda. Chegou lá às 16h, acompanhada do filho do casal, de 4 anos.

 Ninguém sabe ao certo porque os dois discutiram. Parentes especulam que ela teria pedido dinheiro e ele negou. O desfecho da briga foi com a acusada atacando Oliveira com uma tesoura que ela trouxera. Após o crime, a mulher e o filho deixaram o prédio.

 Uma moradora de um dos apartamentos do condomínio foi a primeira pessoa a encontrar Oliveira após o ataque. Ela saía de casa, mas não havia ninguém para abrir o portão. A moradora o encontrou com vida e chamou socorro médico. Oliveira foi levado ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André por volta das 17h.

 Maria Madalena chegou ao hospital na seqüência, levando roupas para o marido, acreditando que ele sobreviveria e seria internado.

 Segundo a Polícia Civil, um médico do hospital desconfiou do modo como a esposa se portava – estaria muito nervosa – e chamou a Polícia Militar. Quando os PMs a interrogaram, ela teria confessado o assassinato e entregue a tesoura usada no crime. Oliveira morreu no PS.

CONFLITOS

 Segundo familiares de Oliveira, o relacionamento do casal era conturbado. Ele teria, inclusive, histórico de agressões com Maria Madalena e com a primeira esposa dele, com quem teve duas filhas. “Faz tempo que não conversávamos com eles (Oliveira e Maria Madalena), mas não tenho nada para dizer sobre ela, boa mãe e esposa”, disse um dos genros do homem assassinado.

 Dois irmãos de Maria Madalena foram ao enterro de Oliveira, que ocorreu ontem a tarde no Cemitério do Curuçá, em Santo André. “Ainda não conversamos com ela, não sabemos nada além do que a polícia nos disse”, disse um dos irmãos. A família ainda não tem um advogado para defender a mulher.

 O casal vivia junto há quatro anos. Além do filho deles – que pode ter visto o assassinato – outros dois filhos adolescentes, de um relacionamento anterior de Madalena, moravam com eles. A casa fica a poucos metros do condomínio em que Oliveira trabalhava.

PRISÃO

 Maria Madalena prestou depoimento ainda anteontem no 4º Distrito Policial de Santo André. Novamente, ela teria confessado o crime. Foi indiciada por homicídio com dois agravantes: motivo fútil e com emprego de meio cruel.

 A mulher está na carceragem feminina do CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Bernardo.



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