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Lula ignora lista de investigados da PGR

O petista participou de evento promovido pelos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e dos Bancários e Financiários de São Paulo

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
07/03/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou a divulgação da lista dos nomes que serão investigados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) com base na Operação Lava Jato, que investiga desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. O petista participou ontem de evento promovido pelos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, em São Bernardo, no mesmo dia em que o documento foi apresentado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) (leia mais na página 6).

Lula fez discurso focado no tema do evento, que lançou abertura do canal digital da rede TVT, bancada pelos dois sindicatos e que ampliou a capacidade de espectadores de 400 mil para 20 milhões. Acompanhado do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT), o ex-presidente entoou as palavras costumeiras em sua oratória de combate à “grande imprensa”, porém, não citou o projeto do marco regulatório da mídia, defendido pelo PT.

Após o ato, o ex-presidente foi blindado por sindicalistas e driblou todos os profissionais da imprensa para se dirigir a uma sala e falar apenas com o canal ligado ao movimento sindical. Líderes regionais como os prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), e de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), estiveram presentes.

O petista pediu que a TVT – idealizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, entidade que o projetou politicamente nos anos 1970 e 1980 – “fuja da mesmice” para produzir seu conteúdo. “Todo mundo quer fazer igual, porque acabou a capacidade de criação. Todo mundo quer o mesmo modelo de telejornal jornalístico. Façam algo definitivamente novo”, disse Lula, que ainda frisou que as informações divulgadas devem ter qualidade para serem competitivas com as grandes redes de televisão como a Rede Globo, Record e Bandeirantes.

“Tem de ter programação de qualidade, com informações que as televisões comerciais não divulgam. É possível construir, ainda mais quando a gente está inaugurando a antena da TV dos Trabalhadores. Tragam pessoas que possam falar da alma, das coisas mais profundas nas entranhas da sociedade brasileira. Acho que tem de democratizar o máximo possível. Fazer nesta TV a experiência de chamar a população que nunca teve acesso.”
 

Para Tarcisio, corte de verba federal não fere candidatura

Secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo e nome mais cotado para ter a bênção do governo na sucessão do prefeito Luiz Marinho (PT), Tarcisio Secoli (PT) garantiu que o corte no repasse de verbas do governo federal para obras do projeto Drenar não inviabiliza a candidatura. A série de obras tocadas por ele para evitar enchentes é tida como a principal plataforma para 2016.

Logo que assumiu seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) interrompeu o repasse de verbas e paralisou obras em São Bernardo. A chefe da Nação ainda não conseguiu aprovar o OGU (Orçamento Geral da União) na Câmara Federal e tem à disposição apenas 1/12 avos da arrecadação, além de ter adotado série de medidas de contenção de gastos.

“É normal no começo do mandato. O governo (Geraldo) Alckmin (PSDB) congelou parte do Orçamento (R$ 6,6 bilhões) também. As medidas de ajustes financeiros atendem ao anseio da sociedade, que cobrava postura nesse sentido. As obras do Drenar vão ser entregues dentro do prazo, não há nenhum problema”, assegurou Tarcisio.

O secretário reafirmou que a disputa pela indicação de Marinho segue indefinida entre ele, o deputado estadual eleito Luiz Fernando Teixeira (PT) e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.




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