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Sábado, 20 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do Leitor
O plástico como solução viável
Do Diário do Grande Abc
12/08/2020 | 11:21
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Em tempos de banimento de descartáveis, é fundamental analisar de forma mais crítica se encarar o plástico como vilão é a melhor resposta aos problemas ambientais. O material auxilia a sociedade e as empresas em soluções às mudanças climáticas, por exemplo, que são consideradas pela ONU (Organização das Nações Unidas) a principal ameaça para o meio ambiente. Nesse sentido, a luta contra a poluição plástica não pode se tornar guerra contra o produto em si.

Na construção civil, o cimento e o concreto revolucionaram nossas edificações. Sua resistência é indispensável, entretanto, tecnologias atuais de produção de cimento emitem gases do efeito estufa e a substituição do concreto por materiais como o plástico, nas áreas não estruturais, reduzem custos e impacto ambiental.

Além dessa aplicação, o plástico também é fundamental à área da saúde, evitando contaminações, já que é utilizado na fabricação das máscaras, recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Mas, como garantir futuro com plástico e equilíbrio ambiental? A desinformação é grande problema. As famosas ‘ilhas de plástico no meio do Oceano Pacífico ou no Mar do Caribe’, por exemplo, são, na sua maior parte, resultados de grandes fenômenos naturais que arrastaram lixo para os mares. A presença de resíduos plásticos no meio ambiente é reflexo de ineficiência na gestão de resíduos, com origem complexa e particularidades em cada canto do mundo.

O Haiti carece de infraestrutura de coleta de lixo e está na rota de furacões que levam resíduos para o oceano. Lagos, a maior cidade da Nigéria, não conta com água encanada, o consumo em garrafa PET é exorbitante. Na Europa, o turismo é um dos setores que mais geram resíduos plásticos.

É necessário investir mais em pesquisa e criar ciência em torno destas informações para diagnóstico mais preciso, sem discrepância de dados. Para contribuir, a indústria mundial do plástico está se movimentando para gerar estatísticas, relatórios e guias para criadores de políticas públicas.

O Plastic Leak Project, capitaneado pela Quantis, consultoria ambiental europeia focada na gestão do ciclo de vida do plástico, é uma das iniciativas mais recentes para criação de metodologia de quantificação que possa ser utilizada em níveis municipal e nacional por setores privado e público.

A intenção é identificar perda de plástico em setores da indústria e desenvolver ações mitigatórias. Nem sempre o plástico será a melhor alternativa, mas precisamos reconhecer que para muitos casos é solução mais viável do ponto de vista ambiental.

Yuki Kabe é especialista em avaliação de ciclo de vida na Braskem.


PALAVRA DO LEITOR

Fake news
Que refrigério ler o texto do meu conterrâneo e parceiro de ofício Rodolfo de Souza, que trouxe à baila, na imperdível coluna Cotidiano, de sua autoria, neste prestigioso Diário (Setecidades, dia 9), que deixa patente como até que ponto são nefastas as fake news, que alavancaram e permitiram eleger presidente ignaro e tosco, que – dia sim e no outro também – deixa patente sua inaptidão e ranço para o cargo que foi eleito, devido a uma parcela significativa dos nossos patrícios acreditarem – piamente – nesta praga, advinda das novas fantásticas tecnologias cibernéticas: as perniciosas fake news.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Desacreditados
Acompanhando as notícias por este Diário, rádios e televisões, vejo que as únicas pessoas que acreditam nos integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal), senadores, deputados, governadores, prefeitos e vereadores são eles próprios. Porque o povo, que realmente trabalha e tem dignidade, torce para um Brasil melhor, com ordem e progresso. Acordaram e estão acordando a cada dia que passa e estão mais preparados, aptos e conscientes, para que nas próximas e futuras eleições possam dar a resposta nas urnas, a fim de separar o joio do trigo. Pois esse é o caminho para se formar grande Nação.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Negacionismo
O bolsonarismo negacionista não compreende quais razões levaram cidadãos brasileiros a denunciar o presidente por genocídio perante organizações internacionais. Uma resposta jocosa seria ‘precisa desenhar?’ Entretanto, basta obter a justificativa pelas ruas de nossas cidades. Encontramos cidadãos sem máscara, outros tantos com a máscara no pescoço ou com o nariz de fora mesmo dentro de mercados e afins, outros discutindo dentro de condomínios sobre a obrigatoriedade de uso do acessório nas áreas comuns. Não há outras razões para essa discordância com as autoridades municipais e estaduais que não sejam a dúvida e a orientação inadequada ofertada a diário pelo presidente, chegando a vetar a obrigatoriedade de uso do item em locais públicos. Lamentavelmente, com essas ações dissociadas da ciência e das orientações mundiais, teremos ainda multiplicação indefinida de casos de óbito originados na Covid-19 e a permanência do altíssimo patamar de casos de infecção. Com certeza quem tem disposição de se cingir aos melhores protocolos de prevenção, tem sua ação prejudicada por considerável parcela da população que segue o negacionismo genocida do chefe da Nação.
Ruben J. Moreira
São Caetano

Enel
Diariamente, na mídia, há milhares de pessoas reclamando contra a Enel (antiga Eletropaulo) e não serem atendidas. Sugestão ao presidente Jair Bolsonaro: use a Aneel e o Ministério de Minas e Energia para fazer intervenção e posterior expropriação dessa empresa, que trata a população com tanto descaso.
Moyses Cheid Junior
Capital

Advogados
Ontem comemorou-se no Brasil o Dia do Advogado. O que essa classe tem a comemorar? Sobral Pinto, advogado respeitadíssimo nos meios jurídicos, disse a milhares de pessoas: ‘Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido’. E por que os advogados não conseguem votar diretamente no presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil? Por que a Lei 8.906, de 4 de julho de 1994, não pode ser revista? Vemos diariamente decisões sendo alteradas, reformadas, e os advogados, considerados os defensores da democracia, ficam calados? Estranho.
Izabel Avallone
Capital
 




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