Política Titulo Aumento
Convênio vai ficar mais caro para servidores da Câmara de Mauá

Servidores públicos da Casa deverão custear R$ 115 mensais
por novo convênio, o que representa um aumento de 187%

Matheus Adami
Do Diário do Grande ABC
03/03/2010 | 07:38
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Os servidores da Câmara de Mauá que aderirem ao convênio médico terão de gastar pelo menos R$ 115 por mês. Esse foi o valor que o Legislativo do município chegou após estudo preliminar da mesa diretora sobre a proposta da empresa NotreDame Seguradora, vencedora da licitação aberta para o serviço.

O objetivo do levantamento da Câmara é buscar maneira de reduzir os custos para os 643 servidores e dependentes que têm direito ao benefício.

Para se ter ideia do aumento, no ano passado, também com o serviço da NotreDame, o conveniado arcava com R$ 40 mensais e o plano era extensível aos dependentes, sem limite de pessoas.

Agora, na nova proposta, o preço - 187,5% maior se compararmos um servidor apenas - será ‘por vida'. No plano atual, adultos pagariam R$ 115, menores de idade R$ 50 e pessoas acima de 60 anos valor acima dos R$ 115.

"Procuramos analisar caso a caso. Para um servidor o preço será um, para servidores com família, outro", afirmou o presidente da Câmara, vereador Rogério Santana (PT).

O chefe do Legislativo, no entanto, não descarta um novo certame. "Estamos fazendo das tripas coração, buscando alternativas, mas pelo andar da carruagem, está muito difícil de homologar a proposta atual".

Seria a terceira licitação desde o fim do ano passado, quando o contrato com a própria NotreDame expirou. Foi feita uma concorrência, que não deu certo porque o valor do contrato era muito caro para os cofres da Casa. "As seguradoras estão operando com um valor muito alto", desabafou o petista.

De acordo com o presidente Santana, não há possibilidade de abaixar a quantia sugerida pela NotreDame (R$ 332 por vida) porque esse foi o preço vencedor da licitação.

SERVIDORES - Para o Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) de Mauá, a quantia de R$ 115 é considerada muito alta para a faixa salarial do funcionalismo da cidade. Por esse motivo, os servidores já avisam que não pretendem aceitar a proposta da NotreDame. "Há várias válvulas de escape. Não há orçamento para um convênio desse valor. O presidente não vai pôr o pescoço a prêmio. Se for muito alto, vamos conversar e não vamos aceitar", disse o presidente da entidade, Jesomar Alves Lobo.

E o fato de a situação ainda estar em aberto preocupa. "Ouvimos coisas, mas não temos nada definido. Vamos aguardar até amanhã (hoje), para conversar com o presidente para saber o que realmente está acontecendo."

Segundo Jesomar, o valor de R$ 40 cobrado no ano passado não era considerado caro.




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