Economia Titulo Déficit
BC aponta que crise piorou contas externas do País
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25/03/2009 | 07:00
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A forte queda no ritmo de crescimento da economia fez o Banco Central derrubar a previsão para o déficit na conta corrente do balanço de pagamentos em 2009, que passou de US$ 25 bilhões para US$ 16 bilhões. A conta corrente registra as transações comerciais, de serviços e rendas do País com o exterior.

Embora indique situação de menor vulnerabilidade do Brasil diante da dificuldade de obter recursos no mercado internacional, a queda na projeção reflete a situação mais difícil que a economia atravessa em meio à crise global.

Com o País caminhando lentamente, o BC avalia que as empresas brasileiras vão importar menos bens e serviços do que se projetava. Além disso, as empresas estrangeiras vão lucrar menos e enviar volume menor de lucros e dividendos para as matrizes.

Na projeção anterior do BC, as importações chegariam a US$ 179 bilhões este ano. Agora, a previsão é de US$ 141 bilhões, US$ 38 bilhões a mnos. As exportações, pela nova estimativa, chegarão a US$ 158 bilhões e não mais a US$ 193 bilhões, uma perda de US$ 35 bilhões em negócios, por causa da retração dos mercados lá fora.

As quedas são ainda mais acentuadas se as previsões do BC forem comparadas com os dados de 2008, quando as importações somaram US$ 173,2 bilhões e as exportações, US$ 197,9 bilhões. O BC prevê agora superávit de US$ 17 bilhões na balança comercial, US$ 3 bilhões a mais ante o anterior.

Os dados do BC mostram que o movimento de ajuste já ocorre. No primeiro bimestre, a conta corrente apresentou déficit de US$ 3,34 bilhões, 43,7% menor ante igual período de 2008. O superávit na balança comercial foi menor do que no primeiro bimestre de 2008, mas, especificamente no mês de fevereiro, o saldo mais que dobrou na comparação com o mesmo mês de 2008, já refletindo a queda mais forte das importações. Na conta de serviços e rendas, também houve queda no déficit, que passou de US$ 8,32 bilhões no primeiro bimestre de 2008 para US$ 5,17 bilhões nos dois primeiros meses de 2009.




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