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Transexual menor de idade esfaqueia rival por ponto
Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
01/01/2013 | 07:00
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Um transexual de 17 anos foi preso em flagrante por policiais militares de Diadema por esfaquear um rival, também travesti, de 36, após briga por um ponto de prostituição na Rua Tapuias, no bairro Serraria, na madrugada de ontem.

Os policiais faziam patrulhamento pela área quando, na Avenida Lico Maia, avistaram o jovem machucado levemente e mancando. Indagado, ele respondeu que se envolvera em uma briga pouco antes e seu rival estava desmaiado no local.

Na rua citada, os policiais encontraram Alessandro Silva Fernandes caído e sangrando. Ele recebeu facadas no peito, pescoço e testa e precisou ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à UTI (Unidade de terapia Intensiva) do Hospital Municipal de Diadema, onde seguia internado em estado grave até o fechamento desta edição.

Sem alternativas, o adolescente teve de confessar o crime. Segundo o relato dado aos policiais militares, ele disse estar sob o efeito de drogas e, por isso, perdeu a cabeça ao ver o rival parado no local onde tradicionalmente ele faz ponto para atrair clientes.

Ameaçando matar Fernandes, o menor o atacou segurando duas facas pequenas, de serra e de uso culinário. Mesmo após ser atingida na testa, a vítima ainda conseguiu reagir. Tomou uma das lâminas do menor e conseguiu lhe cortar o braço. Mas, sem forças, tombou.

O jovem alegou que trabalha armado "para sua própria segurança" e foi autuado por tentativa de homicídio no 1º DP (Centro) da cidade, onde o caso foi registrado. Ele foi levado à Unidade de Custódia de Menores, no 3º DP (Jardim Canhema).

Próxima da Avenida Doutor Ulysses Guimarães e da Rodovia dos Imigrantes, a Rua Tapuias é um conhecido ponto de prostituição de transexuais. "As brigas são constantes. Os travestis são perigosos, usam drogas e sempre roubam e ameaçam quem passa", criticou uma moradora do local.

Onde Fernandes mora, uma pessoa que não quis se identificar revelou que eles já haviam brigado antes. Mas rebate as acusações de que a região é violenta. "Eles estão apenas ganhando o seu dinheiro", disse.

Em agosto do último ano, um travesti morreu após ser atropelado propositalmente por cliente no bairro Campestre, em Santo André.




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