Após entregar a pauta de reivindicação à bancada patronal, a categoria química vai iniciar as rodadas de negociação da campanha salarial deste ano. A primeira reunião está agendada para quarta-feira (10), seguidas dos dias 18 e 25. Nesses encontros serão discutidas as cláusulas sociais e de saúde. Já os itens econômicos só serão debatidos no dia 31. Todas as rodadas da negociação serão realizadas no Sindicato dos Químicos de São Paulo. A data base é em 1º de novembro.

A campanha é coordenada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo) e abrange cerca de 190 mil. Na região, os 40 mil trabalhadores (dos setores químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, resinas sintéticas e colas e de explosivo) pertencem à base do Sindicato dos Químicos do ABC.

CLAÚSULAS - A categoria pleiteia aumento salarial de 12%, piso de R$ 1.400 (atualmente o valor do salário normativo é R$ 980); PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de R$ 1.400. Também estão em pauta itens como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, com os sábados livres e a formalização da OLT (Organização Local de Trabalho), ou seja, a atuação da comissão sindical dentro das fábricas.

A expansão da licença-maternidade de 120 dias para 180 também compõe a pauta. Segundo o diretor do sindicato e coordenador da Fetquim, Raimundo Suzart, do total de funcionários na região, 45% são mulheres.