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Atletas divergem sobre atraso de salários

Esportistas de São Caetano afirmam que problema persiste em algumas modalidades

Por Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
03/04/2014 | 07:00
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Apesar dos protestos que ocorreram no início do ano e que culminaram com a demissão do então secretário de Esportes de São Caetano, Éder Xavier, os atrasos salariais continuam acontecendo com o Esporte da cidade, mesmo concentrando alguns dos principais valores do Brasil e responsáveis por medalhas nas mais diversas competições nacionais e internacionais.

O desencontro de informações deu o tom do evento realizado ontem pela manhã, na Prefeitura de São Caetano, quando atletas, técnicos e coordenadores de diversas modalidades como atletismo, ginástica e tênis adaptado foram homenageados pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). Alguns dos esportistas confirmaram que o atraso salarial persiste.

“Este problema ainda persiste. Mas está sendo avaliado e muito perto de um acerto. Não sei em quanto tempo isso vai ocorrer, mas em breve tudo estará normalizado”, revelou o ginasta Henrique Flores.

O também ginasta Arthur Zanetti, no entanto, explicou que os pagamentos já foram quitados. “Está tudo regularizado”, falou o atleta, uma das figuras presentes aos protestos de fevereiro.

Zanetti também destacou a importância que problemas como os ocorridos recentemente com a Prefeitura não voltem à tona. “O lado financeiro é importante, mas se você perguntar para muitos atletas que estão aqui, eles vão responder que fazem porque amam. O essencial é a paixão que todos têm pelo esporte”, analisou.

De acordo com a Prefeitura de São Caetano, o atraso não existe. O Executivo afirmou que todos os pagamentos foram realizados no fim de fevereiro e desconhece a informação do atraso de salários. Informações do Palácio da Cerâmica afirma que caso exista algum problema relacionado a essa questão, fará levantamento para cumprir o pagamento.

ATLETISMO

O atraso de salários, porém, não afeta todas as modalidades. No atletismo, o discurso dos esportistas foi unânime que esse problema não afeta a modalidade, principalmente por causa do patrocínio da BM&FBovespa.

“No atletismo não teve problema algum por causa da parceria que existe. Mas tudo é questão de conversar, analisar, porque não deve ser fácil administrar uma cidade”, disse a saltadora Fabiana Murer. “O atleta tem de fazer esporte por vontade, querer conquistar alguma coisa, não pelo dinheiro. No começo da minha carreira, eu não ganhava muito, mas queira conquistar,” disse a recordista brasileira do salto com vara.

O saltador Mauro Vinicius da Silva, o Duda, mudou para São Caetano em janeiro, pouco antes de se tornar o primeiro brasileiro bicampeão do mundo em pista coberta, em Sopot, na Polônia, e também negou a existência do problema. “Não tivemos atrasos, mas a gente entende a situação. Existem reformulações no Esporte. É fase que vai passar.”




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