Memória Titulo
Provas da confiabilidade do jornal

Trabalhei no Diário de 1968 até fins de 1979. Sempre procurei estar próximo de Fausto Polesi, meu superior direto e diretor de redação

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
08/09/2011 | 00:00
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Texto: Hermano Pini Filho, de Campinas

Trabalhei no Diário de 1968 até fins de 1979. Sempre procurei estar próximo de Fausto Polesi, meu superior direto e diretor de redação. E era a forma de me manter sintonizado com a linha editorial do jornal. Em certas ocasiões, cabia-me a responsabilidade de redigir o editorial.

Fausto, na eventualidade de sua ausência por motivo de viagem, entre outras razões, à tarde, ao deixar a redação avisava-me:

- Estarei fora, você cuida dos editoriais...

Despedia-se, a tarefa ficava a meu cargo. Aí a necessidade que tinha de sempre pensar como a direção do jornal e estar atento aos humores de governos do período pós-64.

Participei, com Fausto Polesi, de certos eventos, como fotógrafo e ao mesmo tempo repórter. Eu portava minha Yashica-Mat, confiável câmera fotográfica que ainda tenho em meu poder. Tão confiável que João Colovatti, na época chefe dos fotógrafos do jornal, gostava de fotografar com ela. Várias das fotos que aparecem na edição comemorativa à passagem do 20° aniversário deste jornal (cuja elaboração esteve a cargo do responsável por esta página, Ademir Medici), foram feitas com mencionada Yashica. Inclusive, ou principalmente, as fotografias que mostram por inteiro a rotativa Solna, de origem sueca, que inaugurou a fase do Diário com impressão em off-set.

Por volta de 1976 fomos, Fausto e eu, a Suzano, no meu Fusca, assistir a certo evento em importante indústria de produtos químico-farmacêuticos. Seguimos por Ribeirão Pires.

Na volta, a estrada que liga Suzano a Ribeirão Pires em boas condições. Com asfalto em ordem nada impedia que eu pisasse um pouco mais no acelerador. Tudo bem até as proximidades de Ouro Fino, quando surgiu um guarda fazendo sinal para que parasse. Fui para o acostamento, o guarda chegou, olhou-nos e lembrou que o carro ia em velocidade além do limite ali permitido. Como eu estava ao volante, dei uma desculpa qualquer. Ele continuou olhando e logo nos surpreendeu:

- Os senhores não são do Diário do Grande ABC?

Resposta afirmativa, ele nos liberou com recomendação para manter velocidade não além do assinalado nas placas ao longo da rodovia. Não multou. Voltamos para a estrada, olhei para o lado do Fausto com inevitável pergunta:

- Como ele descobriu que somos do Diário?

Fausto não soube responder, eu também não. Estranhamos com razão, porque não havia nada no Fusca com indicação do jornal, nenhum letreiro, ao menos um simples adesivo que fosse com logomarca do Diário. Conclui que o guarda, possivelmente leitor do Diário, tinha visto fotos nossas no jornal. Muito bom... Seria uma prova do elevado índice de leitura do jornal, já àquela época.

Nenhuma novidade, neste aspecto. Em determinada ocasião, Fausto foi à Prefeitura de Santo André pagar uma conta ou algo assim. A moça que o atendeu, viu o nome do contribuinte no documento e, com expressão alegre deixou escapar:

- O senhor é o Fausto Polesi? Sempre ouço seu nome à noite, na abertura da apresentação no noticioso da Rádio Diário do Grande ABC, quando é lido editorial com esclarecimento de que escrito por Fausto Polesi.

Ao relatar-me este episódio Fausto, unindo a atitude do guarda que não nos multou com a memória da moça, acrescentou: "Aí a prova de que a Rádio Diário tem muitos ouvintes e o Diário do Grande ABC grande número de atentos leitores".

Há muito mais para contar de Fausto Polesi, inclusive comentar sobre sua marcante personalidade, mas isso fica para outra oportunidade. 

AMANHÃ, NA PAUTA DO HERMANO
Fausto dá um presente ao Colovatti. 

Legenda da foto: Em setembro de 1960, uma viagem pelo Rio Amazonas no navio Lobo D'Almada: Maury de Campos Dotto (à esquerda) e Fausto Polesi

Amigos da Padaria Ideal 

O 4° reencontro deste grupo de andreenses será realizado dia 14, às 19h, na Pizzaria Tripoli (Rua Lino Jardim). Reservas com o Salim: 9662-7203.

Padaria Ideal marcou época no Largo da Estátua. Fechou as portas há muitos anos. Mas o espírito dos jovens que a frequentavam permanece, tanto que os reencontros dos agora jovens senhores têm reunido mais gente a cada edição.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 8 de setembro de 1981 

Manchete - Multidão nas ruas prestigia desfiles da Independência

São Caetano - Prefeito Raimundo da Cunha Leite não quer Funerária Municipal.

Futebol - Amistoso internacional: ontem, no Bruno Daniel, Santo André 2, Arábia Saudita 0; domingo, em São João da Boa Vista, Palmeiras local 1, Aliança, de São Bernardo, 0.

Polícia - Presos fogem da cadeia pública de Santo André.

Óbito - Faleceu, em 2 de setembro, o jornalista Severino Alves Guimarães.

EM 8 DE SETEMBRO DE... 

1971 - Iniciada a construção do complexo industrial da Oxiteno, em Mauá.

Trabalhadores

Nasce em 8 de setembro: 

1901 - Luiz Sálvio, de Brotas (SP). Operário da Rhodia Química. Residia à Rua Uruguai, 287.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

CAPITAIS BRASILEIRAS 

Hoje é aniversário de Vitória e São Luiz.

MUNICÍPIOS PAULISTAS 

Descalvado. Elevado a município em 1865, quando se separa de Rio Claro.

Mirassol e Itaquaquecetuba. Elevados a município em 1954 quando se separam, respectivamente, de São José do Rio Preto e Mogi das Cruzes.

Nipoã. Elevado a município em 1954, quando se separa de Monte Aprazível.

Embauba. Elevado a município em 1990, quando se separa de Cajobi.

HOJE 

Dia Mundial da Alfabetização e Dia Nacional de Luta por Medicamentos.

Igreja celebra a Natividade de Nossa Senhora.

Celebram-se: as Senhoras da Boa Morte, da Boa Viagem, da Consolação, da Esperança, da Glória, da Guia, da Luz, da Paz, da Penha, da Saúde, da Vitória, do Bom Despacho, do Livramento, do Monte Serrat, dos Navegantes, dos Prazeres, dos Remédios.

SANTOS DO DIA 

Adélia, Adriano, Hugo e Nestor e Tomas de Vila Nova.

São Tomas de Vilanova (Espanha 1486 -1555) foi bispo de Valência. Baseou seu trabalho religioso nos ensinamentos de Paulo e nos exemplos de grandes bispos da antiguidade cristã, entre eles Agostinho, Ambrósio e Gregório Magno. 

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br .

FALECIMENTOS 

SÃO BERNARDO

Joaquim Berto de Souza, 84. Natural de Aramirim (MG). Dia 1º. Cemitério dos Casa.

Manoel Callegari, 79. Natural de São José do Rio Pardo (SP). Dia 3. Cemitério Jardim da Colina.

Valdete Alves Silva, 70. Natural Tanhaçu (BA). Dia 5. Cemitério de Enxú do Gavião (BA).

Valdir Aparecido Ferreira, 53. Natural de Campinas (SP). Dia 1º. Cemitério de Campinas.

Vânia Barros, 46. Natural de São Bernardo. Dia 4. Cemitério dos Casa.

Raimundo Nonato Sousa Taveira, 38. Natural de Várzea Alegre (CE). Dia 5. Cemitério dos Casa. 

SÃO CAETANO

Maria Pinheiro da Silva, 69. Natural de São Pedro I. Dia 5, em São Bernardo. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

SILVÉRIO VIOLA
(Mauá 27-4-1934 - 31-8-2011) 

O trabalho e aposentadoria na Rhodia Têxtil, em Santo André; o comércio no Jardim Zaíra; o trabalho social de ajuda a terceiros, sem qualquer interesse pessoal; o trabalho maçônico como membro da Loja Aníbal dos Santos da Silva - Oriente de Mauá. Assim pode ser resumida a vida de Silvério Viola.

E há o lado pessoal. "Sempre foi um homem caseiro", resume a esposa Neyde Leardini Viola. Viola e Leardini, duas famílias de raízes em Mauá, que estão no nosso livro "De Pilar a Mauá".

Bom e prestativo, Silvério Viola era muito conhecido em Mauá. Atuou junto à coletividade quando das últimas grandes enchentes do Jardim Zaira. Foi a campo auxiliar as vítimas e desabrigados.

Silvério Viola parte aos 77 anos, no ano em que celebraria Bodas de Ouro de casamento. Ele deixa a esposa Neyde, os filhos Luiz Humberto e Silvério Júnior, e os netos Mariana, Rafael e Laura. Está sepultado em Mauá (Cemitério Nossa Senhora das Vitórias).




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