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Band consolida 2º lugar com Datena
Roberta Brasil
TV Press
23/03/2003 | 17:24
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José Luís Datena tem feito a diferença na Band. Desde que deixou a Record, há duas semanas, e assumiu o Brasil Urgente, no lugar de Roberto Cabrini, o jornalista fez o ibope do programa saltar de 4 para 9 pontos, chegando a 11 na estréia. Foi o bastante para a emissora alcançar o segundo lugar em audiência, à frente do SBT, com 8 pontos, e da Record, com 4. “Não entrei para mudar nada no programa, que já chegou à sua maturidade”, afirma Datena, que apresentou durante cinco anos o concorrente Cidade Alerta, da Record.

Esta é a terceira vez que Datena veste a camisa da Band. A primeira foi numa rápida passagem como repórter, entre 86 e 87. Depois de trabalhar na Globo, retornou à Band em 90. Cobriu duas Copas do Mundo e duas Olimpíadas, como repórter e narrador. “Era o ‘Casseta & Planeta’ do esporte”, diz. Em 97, porém, adotou ar mais sisudo e assumiu o Cidade Alerta.

No ano passado, o apresentador trocou a emissora da Igreja Universal pela Rede TV!. Mas voltou atrás quando seu “desafeto” Dennis Munhoz, que assumira a presidência da Record, havia deixado o cargo. “Não tenho nada contra a emissora. Tenho contra esse sujeito que voltou à presidência. É por isso que saí de novo”, disse Datena, acusado pela Record de quebra de contrato.

TV PRESS – Você está há poucos dias no Brasil Urgente e o ibope já subiu 5 pontos. A que se deve isso?
JOSÉ LUÍS DATENA – Não digo que fui o responsável por essa audiência. Até porque eu só apresento! Estou me adaptando ao jornal e não o contrário. Esse é um trabalho de equipe e a Band tem credibilidade. Sabia que nos sairíamos bem. Agora, se conseguirmos manter essa audiência, com picos de 12 pontos, vou soltar rojão!

TV PRESS – Mas o que você acrescenta ao programa?
DATENA – A minha experiência profissional. Mas não desmereço de modo algum o Cabrini. É um excelente repórter, que admiro, respeito e com quem até já trabalhei. Ele parte para um novo programa na Band e tenho certeza de que será feliz. Agora, cada um tem seu estilo...

TV PRESS – O Brasil Urgente tem estilo popular, com reportagens policiais...
DATENA – Se a gente for comparar com o Jornal Nacional não há tanta diferença assim... Os críticos de TV, que não assistem e não gostam de telejornal popular, acham que fazemos um produto de segunda. Mas ser popular não é ser popularesco. Ninguém chama o Jornal Nacional de sensacionalista. No entanto, cada vez mais ele exibe reportagens parecidas com as nossas. Mesmo assim, a audiência dele está caindo. E sabe por quê? Porque quem chega mais cedo em casa consome notícia. Às 20h, o povo já está informado. Aí, muda para o SBT, vai ver novela... Essa é minha teoria.

TV PRESS – Você planeja ter um programa aos domingos. Quer rivalizar com Faustão e Gugu?
DATENA – Estou doido para isso! É um projeto que vou tocar com meu amigo Jorge Kajuru que mistura jornalismo e variedade. Seria um ‘clone’ do programa deles, que parecem gêmeos siameses. Só que, com mais informação e bom-humor, o que, modéstia à parte, sei que tenho. É preciso investir e esperar pelo menos um ano para incomodar. Estamos negociando com a Band...

TV PRESS – Sua saída da Record foi repentina e você está sendo acusado de quebra de contrato...
DATENA – Eles acusam de lá e eu de cá. Vamos resolver na Justiça. Eu saí pelo mesmo motivo que me levou a deixar a emissora no ano passado. Um sujeitinho que assumiu a presidência na época e que agora voltou ao comando (N.R.: Dennis Munhoz). Não tenho nada contra a Record, tanto que retornei quando ele caiu. Mas, com ele lá, não há diálogo. Não há respeito profissional.




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