Uma semana depois de endurecer o embate com o governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), a oposição recuou e decidiu amenizar o discurso contra a administração do verde. Na sessão de ontem, parlamentares do G-12 (grupo de vereadores do PT, PR, PRB, DEM e PPS) adotaram postura antagônica à da sessão de sete dias atrás, quando dispararam ataques ao Paço e convocaram dois secretários.

O encontro entre os parlamentares com a chefe da Pasta de Educação, Tatiane Ramos, que ocorreu na manhã de ontem, pouco repercutiu na sessão. Quase nenhum oposicionista falou sobre o assunto na tribuna. No dia 15, horas antes da sessão, parlamentares visitaram escolas do município, constataram problemas de estrutura, filmaram as instalações e divulgaram as imagens nas redes sociais e até no plenário da Casa. Ontem, o tema ficou esquecido.

Líder do G-12, Josa Queiroz (PT) relatou o encontro com a secretária, mas nem o petista nem outro oposicionista se mostraram disposto a adotar medidas concretas para cobrar melhorias prometidas pela secretária. “Ela (Tatiane) se comprometeu a adotar mecanismos para que a manutenção das escolas seja tratada de forma exclusiva pela Prefeitura (em vez de os espaços escolares receberem o mesmo tratamento que os demais prédios municipais)”, relatou o petista.

Outra questão debatida foi sobre as frequentes impugnações do TCE (Tribunal de Contas do Estado) a licitações da Educação, que culminaram com a não entrega de uniformes aos alunos da rede municipal no ano passado. Josa afirmou que o governo garantiu que encontrará alternativas para evitar reveses no tribunal.

Porém, de acordo com o líder do governo, Célio Boi (PSB), a paralisação do certame para a compra de kits de materiais escolares sequer foi colocada em debate na reunião – o Paço teve de refazer o edital por determinação do TCE –, ao contrário dos argumentos usados pela oposição no requerimento de convocação da secretária aprovado na semana passada. “Foi uma reunião tranquila. Acho que contemplou as dúvidas da oposição”, ponderou Boi.

No dia 2 será a vez do secretário de Obras, José Marcelo Ferreira, prestar esclarecimentos ao Legislativo.