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Portugal chora pela morte da Irmã Lúcia
Por Da AFP
14/02/2005 | 18:23
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Centenas de fiéis se despediram nesta segunda-feira de Irmã Lúcia, última sobrevivente dos três pastores que afirmaram ter visto Virgem Maria, na cidade de Fátima, em 1917, numa homenagem em Coimbra (centro de Portugal). Muitos dos fiéis levaram flores e não conseguiram conter as lágrimas ao chegar ao Convento das Carmelitas, onde no domingo morreu a freira de 97 anos.

Irmã Lúcia "morreu ontem serenamente, como uma chama que se apaga, sem muito sofrimento", declarou sua médica, Branca Paul. O primeiro-ministro português, Pedro Santana Lopes, decretou luto nacional nesta terça-feira e os políticos anularam os comícios, que vêm sendo realizados com vistas às eleições legislativas do próximo domingo.

O funeral de Irmã Lúcia será realizado nesta terça-feira na Catedral de Coimbra, mas, por desejo expresso da freira, seus restos mortais descansarão no Convento das Carmelitas, de onde serão levados para Fátima dentro de um ano.

Segundo seus depoimentos, a Virgem apareceu aos três pastores - Irmã Lúcia, cujo verdadeiro nome era Lúcia de Jesus dos Santos, Francisco e Jacinta Marto, de 10, 9 e 7 anos - na gruta de Iria de Fátima no dia 13 de maio de 1917 e depois todos os dias 13 de cada mês até outubro daquele ano.

O Papa João Paulo II, 84 anos, rezou nesta segunda-feira pela alma de Irmã Lúcia. Ele se sentia muito próximo à freira, com quem esteve em três ocasiões, e estava convencido de que a Virgem de Fátima salvou sua vida num atentado que sofreu no dia 13 de maio de 1981.

Segundo várias autoridades eclesiásticas, o Papa deu a bênção à Irmã Lúcia algumas horas antes de sua morte, por meio de uma mensagem na qual desejava que "superasse esta prova com serenidade, resignação e dignidade".

João Paulo II viajou três vezes a Fátima e doou ao santuário do local uma bala utilizada no atentado de 1981. Em maio de 2000, beatificou Francisco e Jacinta Marto, os dois pastores mortos.




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