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Interino pede entrega ao
Azulão diante da Ponte
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
13/09/2011 | 07:04
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"Amanhã tem de ser um dia da entrega."Com essa frase o técnico interino Ailton Silva resumiu o que espera do São Caetano diante da Ponte Preta, às 20h30, no Estádio Fonte Luminosa, pela 23 ª rodada da Série B do Brasileiro. O jogo acontece em Araraquara porque a equipe de Campinas perdeu mandos em decorrência da briga entre seus torcedores e os do Guarani, há pouco mais de um mês, no Moisés Lucarelli.

Ainda sem contar com o treinador Márcio Araújo, contratado ontem (leia mais abaixo)/CF para substituir Oswaldo Alvarez, o Vadão, demitido após a derrota para o Bragantino, sábado, o time precisa da vitória para sair da zona de rebaixamento. É o 18º com 24 pontos e ainda torce por derrotas do Vila Nova e do Guarani, que têm a mesma pontuação.

Para fugir do rebaixamento, Ailton avalia que a equipe precisa de atitude para conquistar os três pontos.

No clube há dois meses, o interino avalia que já passou da hora de o time reagir. Perguntado sobre o que estaria faltando ao Azulão para levantar voo, já que no papel há quem diga que o elenco é bom, respondeu. "Falta um pouco mais de cada um. Os jogadores têm de se entregar mais. No futebol, às vezes 100% não bastam, tem de ser 110%. Precisamos reagir o mais rápido possível para sairmos dessa situação."

Ailton tem noção das dificuldades e, embora a equipe que atuou diante do Bragantino tenha apresentado rendimento abaixo do esperado, não deve promover mudanças. Poupado dos treinos de ontem por sentir dores musculares, o volante Augusto Recife é dúvida. Ricardo Xavier e Antônio Flávio voltam de suspensão.

Márcio Araújo se apresenta amanhã

Márcio Araújo vai acompanhar o jogo com a Ponte Preta hoje nas tribunas da Fonte Luminosa, em Araraquara. Ele se apresenta amanhã e estreia sábado, contra o Americana.

É a quarta troca de técnico no clube neste ano. Começou a temporada com Toninho Cecílio, que caiu na segunda rodada do Campeonato Paulista. Na sequência vieram Ademir Fonseca, Márcio Goiano e Vadão. Araújo estava sem clube desde que deixou o Ceará e assinou contrato até o fim do Paulista de 2012. Ele também já treinou, entre outros, o Guarani, o Paraná e o Coritiba. No ano passado comandou o Bahia no retorno à Primeira Divisão do Brasileiro.

Vadão ficou apenas 13 jogos à frente do Azulão: venceu três, empatou cinco e perdeu cinco.

Para Nunes, falta vergonha na cara ao time do Azulão

Com o peso de terem contribuído para a queda de mais um treinador, alguns jogadores do São Caetano têm evitado a imprensa. Ontem, antes da viagem para Araraquara, só Nunes e Luiz falaram e negaram que o elenco esteja rachado.

"Falta vergonha na cara mesmo. Isso é o que tem faltado para a gente conseguir os resultados", disse Nunes.

Com a experiência de quem caiu com o Santo André para a Série B em 2009, o atacante concorda que as constantes trocas de técnico também prejudicam a equipe. O jogador negou que salários estejam atrasados.

Embora não admitam divisão no elenco, as declarações por si só apontam para essa direção. Perguntado se o relacionamento do elenco é bom, Nunes respondeu: "Não tem divisão. Num grupo de quase 40 pessoas, é difícil todos serem amigos. Ninguém precisa ser amigo, porque o jogo se ganha dentro de campo."

Jogador com mais tempo de casa - nove anos -, Luiz, que ainda se recupera de lesão na panturrilha direita, acha que a solução para tirar o time dessa situação está no próprio grupo. "O time precisa ralar um pouco mais, colocar a b... no chão, e um pouco de humildade."

Para Luiz, a demissão do técnico Ademir Fonseca foi o ponto-chave para os momentos difíceis enfrentados hoje pelo clube. "O time estava certinho, entrosado."

Fonseca foi demitido durante a intertemporada, em Águas de Lindóia, às vésperas da estreia na Série B, por dizer que não era consultado a respeito da contratação de jogadores.




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