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IOF tira R$ 2,2 bi da Bolsa, diz presidente
29/10/2009 | 07:00
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A decisão do governo de cobrar 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) dos investidores estrangeiros que entram na Bolsa já afeta os volumes negociados com ações no mercado brasileiro, afirmou ontem o presidente-executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Desde o início da cobrança do imposto, R$ 2,2 bilhões de capital externo deixaram a Bolsa, de acordo com o executivo.

"Estamos perdendo muitas operações", disse ele,após a cerimônia que marcou o início das negociações com as ações da Cetip. O executivo observou que a saída desses recursos ocorre simultaneamente ao aumento expressivo nos negócios com ADRs (recibos de ações) em Nova York.

Segundo Edemir, o aumento no giro da Bolsa após a medida reflete o fechamento de posições de estrangeiros, que venderam os papéis que detinham. Ele comparou a situação atual do mercado aos dias que sucederam a quebra do banco Lehman Brothers, em setembro do ano passado. "Tivemos um volume espetacular naquele mês, mas que depois chegou a cair 60% em novembro e dezembro."

O presidente da BM&FBovespa contemporizou as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a Bolsa estaria "reclamando de barriga cheia". Questionado, ele avaliou que o ministro deveria estar se referindo à valorização do Ibovespa ao longo de 2009 e pelo fato de a Bolsa antecipar os movimentos da economia. Sob esse ângulo,Edemir classificou a afirmação de Mantega como "feliz".




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