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Diadema impõe meta para tratar esgoto
Isis Mastromano Correia
Especial para o Diário
10/05/2007 | 07:05
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Diadema quer modernizar seu sistema de saneamento básico. A meta é que em 20 anos, no máximo,. a cidade consiga fazer o que nenhuma das outras seis conseguiram até agora na região: recolher e tratar todo seu esgoto.

“Em um futuro próximo conseguiremos aumentar o tratamento para 60%. Só atingiremos 100% quando as obras da Sabesp, na divisa com São Bernardo, forem conduzidas”, avalia o diretor de Operações da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), Jorge Kiyoshi Massuyama, que participou quarta-feira da apresentação do relatório de planejamento dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário de Diadema. O esgoto da cidade é tratado em ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), em São Paulo.

O trabalho indica as diretrizes para a prestação dos serviços de água e esgoto na cidade e norteia os principais investimentos a serem executados no setor nos próximos 20 anos. Cerca de 50 pessoas participaram da reunião, que foi aberta aos munícipes.

Os investimentos em obras e melhorias deverão totalizar R$ 67 milhões: R$ 35 milhões para esgotamento sanitário e R$ 32 milhões na área de abastecimento.

A maior parte dos recursos será obtida junto ao governo federal, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Uma pequena parcela ficará por conta da Prefeitura.

“Esperamos que recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) também possam chegar até nós”, diz Massuyama. Hoje, Diadema coleta 85% de seu esgoto, mas apenas 13% é tratado.

O abastecimento de água apresenta números mais animadores. São 82 mil ligações. Quase 100% do município é abastecido e as áreas de manancial, que por lei não podem receber o fornecimento, são servidas por caminhões-pipa. Adutoras, reservatórios e coletores-tronco serão algumas das obras conduzidas para melhorar os serviços nestes setores em Diadema.

Obras já existentes também serão contempladas e receberão auxílio. É o caso das redes que serão reforçadas para evitar rompimentos por conta da pressão d´água e evitar a falta de abastecimento à população. Em contrapartida, os córregos e parte da Represa Billings situada na cidade serão beneficiados com as obras.

Quanto aos pontos falhos no sistema de saneamento básico do município atualmente, o diretor de Operações da Saned, Jorge Kiyoshi Massuyama, ressalta a necessidade de adutoras e de um reservatório na área do Eldorado.

Na região, São Caetano é a única cidade que coleta todo o esgoto produzido, no entanto, não consegue tratá-lo na íntegra. O que sobra, cerca de 65%, segue in natura para o Rio Tamanduateí e para o Ribeirão dos Meninos.

O pior índice quanto ao tratamento é amargado por Mauá. Com uma taxa de apenas 5% de esgoto tratado, os dejetos seguem para os 41 córregos espalhados pela cidade. (Supervisão de Cláudia Fernandes)




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