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Você conhece universidades corporativas?

O que são essas instituições? Como elas podem ajudar as companhias? Como podem ajudar os profissionais em suas carreiras?

Cíntia Bortotto
23/01/2012 | 00:00
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Muito tem se falado sobre o surgimento das universidades corporativas. Mas, afinal, o que são essas instituições? Como elas podem ajudar as companhias? Como podem ajudar os profissionais em suas carreiras? A universidade corporativa é uma instituição vinculada a empresas privadas, com o objetivo de oferecer treinamentos aos colaboradores, customizando custos e oferecendo total alinhamento com as estratégias de negócios. Normalmente, os cursos oferecidos são técnicos, de graduação e pós graduação, em parceria com instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação e Cultura. Com o advento do e-learning, as empresas privadas viram aí uma oportunidade de criar espaço de treinamento menos custoso, com a possibilidade de abrangência nacional ou até internacional, já que, onde há uma conexão, é possível treinar. Esse espaço foi ganhando mais força e, o passo seguinte, foi criar parcerias com as instituições de ensino.

QUALIFICAÇÃO - Com a universidade corporativa, a empresa passa a ter mais recurso para investir na formação tradicional e em cursos para atender demandas específicas de formação de mão de obra. E, em um País em que se fala de apagão de mão de obra há pelo menos 2 anos, formar ainda é a maneira mais forte de se sair na frente dos concorrentes.

Nos últimos anos, as empresas que já entregam resultados fortes para seus acionistas têm como desafio usar a criatividade para incrementar ainda mais as vendas, ou seja, criar demanda, bem como reduzir os custos de forma inteligente. É aí que entra uma estratégia adequada de treinamento e desenvolvimento: não é ‘retirar o treinamento', o que não é inteligente, mas fazer melhor com um custo mais otimizado.

A universidade corporativa consegue treinar os colaboradores de forma mais rápida, mais aderente às estratégias organizacionais, com uniformidade e abrangência nacional ou internacional - o que para o Brasil, País de território continental, é um diferencial.

Uma das vantagens da universidade corporativa é que ela é destinada para todos os níveis. Se a pessoa requer aquele treinamento e está alinhado com os objetivos da empresa é fácil de disponibilizar, por exemplo, um programa de pós graduação. Assim, um diretor pode ter acesso ao conteúdo ou um gerente, um coordenador, um analista. Se todos demandarem aquele tipo de conhecimento, não há problemas na disponibilização.

Para o funcionário é excelente, pois é mais uma forma de ele estudar e ganhar mais conhecimento, investir mais em seu capital intelectual. Outra vantagem é que, se ele já tinha destinado parte de seus recursos para um programa de graduação ou pós, eventualmente ele pode passar a ter duas graduações ou duas especializações por meio de uma pós graduação. Ele tem seu capital intelectual incrementado com patrocínio do empregador.

E NA SUA EMPRESA? - Para se ter uma universidade corporativa dentro de uma empresa, é necessário desenvolver alguns processos:

1.Entenda a estratégia de negócios;

2.Entenda seus funcionários, normalmente na avaliação de desempenho fica explícito as principais competências que devem ser desenvolvidas e/ou fortalecidas;

3.Faça uma análise do que se tem em termos de capital intelectual e sobre como transformar o conhecimento em valor entregue;

4.Monte um plano de treinamento e desenvolvimento, considerando que parte dele pode ser feita através de uma universidade corporativa;

5.Diferencie o que for conhecimento que pode ser transmitido via web e vivências; separe o que será tratado através de uma canal e o que será tratado através do outro;

6.Encontre um bom parceiro técnico que disponibilizará o site, com conteúdo; observe se a empresa tem um pedagogo, e principalmente se conhece princípios de andragogia;

7.Encontre uma boa instituição de ensino que possa ser seu parceiro, obrigatoriamente reconhecido pelo MEC e preferencialmente com experiência em universidade corporativa;

8.Estabeleça um bom plano para medir os resultados;

9.Coloque os alunos colaboradores como co-workers, ou seja, faça com que eles também trabalhem na construção da universidade com dicas, opiniões, sugestões;

10. Faça, tanto na alta esfera da organização como na base da pirâmide, com que exista a percepção de que são co-autores de uma universidade que não é do RH, mas sim da organização. Seriedade e credibilidade são palavras de ordem.

A empresa sabe que precisa investir em pessoas, na formação de mão de obra, mas nem sempre ela tem especialistas que mostrem a especificidade e o potencial de cada ferramenta. Sem dúvida, a alta gestão que lê, é informada e está contextualizada, questiona e explora novas ferramentas de aprendizado. Se você é executivo, RH ou funcionário, pense nisso!




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