Cultura & Lazer Titulo
Beleza conquistadora
Por Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
09/12/2007 | 07:10
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Ela sabe o que quer. Com rosto angelical, lábios carnudos e olhar marcante, a estonteante Alinne Moraes não esconde seu lado mulher e o talento profissional que iniciou com sua carreira como modelo e enveredou para sua empreitada como atriz.

A bela de 24 anos, nascida em Sorocaba, interior de São Paulo, nos últimos dois meses tem sido alvo de capas de revistas e jornais.

Um dos motivos para tanto sucesso na mídia foi sua volta para a telinha, na pele da personagem Silvia, na novela global Duas Caras.

Nessa nova atuação na TV, depois de dois anos afastada, Alinne torce para que o autor da trama, Aguinaldo Silva, faça de Silvia uma grande vilã nos próximos capítulos.

Em entrevista exclusiva ao Diário, a atriz falou sobre o importante desafio que viveu neste ano: sua estréia nos palcos de teatro. Além de projetos e religião.

DIÁRIO – No que você mais se identifica com a personagem Silvia Moraes, que está vivendo em Duas Caras?
ALINNE MORAES – Somos filhas únicas, determinadas, adoramos Paris e moda. Tirando isso, sobra uma Silvia muito diferente de mim. O desafio está justamente nessa diferença.

DIÁRIO – Que características a Silvia tem que estão sendo difíceis de incorporar?
ALINNE – Talvez o fato de ser um pouco seca, às vezes grossa. Acredito que ela guarda muita coisa para si. Quanto a se tornar uma vilã, ainda não sei como será essa transformação. Como atriz, estou adorando o desafio.

DIÁRIO – Você acha que as pessoas podem se tornar más por amor?
ALINNE – Para se amar é preciso estrutura e maturidade. Caso contrário, pode-se cair na cilada de amar o outro mais do que a si mesmo. Quando isso acontece, o amor pode se tornar doentio, vulnerável a erros e loucuras. O amor verdadeiro, sadio, só causa o bem.

DIÁRIO – O que sugere para os novatos na carreira de ator?
ALINNE – Estudar, sempre! Se dedicar aos ensaios, exercitar a criatividade e força de vontade. Fazer muitas aulas de fono, consciência corporal... Claro que, ao meu ver, o talento e o carisma são fundamentais, assim como uma pitada de autocrítica.

DIÁRIO – Fale um pouco de sua estréia nos palcos com a peça Dharma, O Incrível Diálogo entre Krishna e Arjuna.
ALINNE – Foi uma boa estréia! Éramos dois atores em cena (eu e Oswaldo Mill) com mais uma banda, a Vermelho 27. O texto e a direção do João Falcão fazem do espetáculo, que ainda estamos apresentando em algumas cidades, uma pérola. É lindo e as pessoas se emocionam muito. No palco, contamos a história da Bhagavad Guita, a última guerra do Mahabharata, em que Arjuna (o maior guerreiro dos últimos tempos) desiste de guerrear. É justamente nesse ponto que a peça começa, quando Krishna discursa e mostra para Arjuna um outro lado da moeda dizendo: “És o maior guerreiro de todos, é justo que enfrentes o maior desafio, portanto luta!” Dharma é poético, belo e transformador. Estou realizada.

DIÁRIO – Você é religiosa?
ALINNE – Sou de uma família bem eclética, se assim posso dizer. Minha avó é católica, minha mãe é espírita e meu avô maçom. Não posso dizer que tenho uma religião, mas rezo e agradeço ao meu Deus todos os dias. Acredito em algo maior, numa fé conquistada dentro de si, que o deixa forte espiritualmente.

DIÁRIO – Quais dificuldades está tendo no teatro?
ALINNE – O teatro dá um contato direto. É como se você estivesse na beira de um abismo, em cena, sem poder cair de jeito nenhum. Tudo é divino, pura adrenalina! Adoro a preparação que ele envolve antes de cada apresentação, todo o processo como maquiagem, alongamento, exercícios de voz...Sem contar o ritual! Sempre passo um incenso pela platéia e rezo pedindo proteção aos deuses do teatro antes de entrar em cena. Já na TV, na grande maioria das vezes, tudo é muito real. Existe a possibilidade do erro, entende? Trata-se de uma obra aberta, onde você vai conhecendo seu personagem aos poucos, junto com o público. É bem diferente, mas igualmente divino!

DIÁRIO – As oportunidades foram batendo à sua porta naturalmente?
ALINNE – Estou sempre estudando e me preparando para aquilo que corro atrás e para o que bate na minha porta naturalmente. Por isso, sempre me senti capaz de escolher os trabalhos que eu tenho mais afinidade e preparo no momento. É um pouco dos dois. Assim como escolhemos, também somos escolhidos. Assim como corremos atrás de um personagem, ele também corre atrás de nós.

DIÁRIO – O que gosta de fazer nas horas vagas?
ALINNE – Gosto de ir ao cinema, teatro, de passear com meus cachorros, namorar em casa e preparar um jantarzinho para os amigos.




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