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Camargo foi traidor, diz Bohm ao ver ex-aliado próximo de Auricchio

Ida do ex-presidente do Novo à equipe tucana irrita pré-candidato da sigla

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/09/2020 | 00:01
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O pré-candidato à Prefeitura de São Caetano pelo partido Novo, Mario Bohm, chamou o ex-presidente do diretório local Alan Camargo de traidor e insinuou que ele estava infiltrado na legenda para desestruturar a pré-campanha da sigla ao Palácio da Cerâmica. Camargo rebateu e declarou que ele se sentiu traído por Bohm.

A troca de farpas aconteceu depois que o prefeito de São Caetano e pré-candidato à reeleição pelo PSDB, José Auricchio Júnior, anunciou que Alan Camargo integra a equipe que confecciona o plano de governo tucano. Ele ficará responsável pela coordenação das propostas do eixo denominado desenvolvimento econômico, relações do trabalho e inovação.

Bohm citou que a confirmação da participação de Camargo no planejamento de Auricchio fez emergir suspeitas que os filiados comentavam nos bastidores desde a saída dele da sigla. “Fiquei decepcionado porque tinha o Alan em grande estima. Esse movimento, além de confirmar suspeitas que existiam nos filiados, mostrou sua ingenuidade, porque ele se coloca de forma aberta como traidor do partido.”

O pré-prefeiturável também comentou que ouvia que o governo tentaria implodir, de dentro para fora, um projeto do Novo desde que, em 2018, a sigla mostrou desempenho surpreendente na cidade: o presidenciável João Amoêdo (Novo) foi o terceiro colocado, com 9.374 votos. “Ficou muito clara para mim a tentativa de infiltração.”

O político do Novo assegurou que a turbulência não afetou a pré-campanha – nem majoritária, que terá ele e Andrea Giugliani como vice, nem a proporcional. “Virou motivação a mais. O partido Novo sempre foi oposição, não concorda com o que está aí.”

Camargo discorreu que foi ele quem fez Bohm ser conhecido dentro do partido, abrindo portas junto às lideranças internas, mas que passou a ver que o pré-candidato e seu grupo rompiam com princípios defendidos pelo Novo. Diante da negativa de apuração de setores superiores, optou por entregar o comando do diretório. Posteriormente, se desfiliou.

Disse que decidiu participar da confecção do plano de governo a pedido de Auricchio já fora do Novo. “Se tem alguém que se sente traído sou eu, que fiz de tudo por ele (Bohm)”. Sobre a aproximação com Auricchio, declarou que “ouviu integrantes do Novo, que foram contra a ideia, mas apoiaram e respeitaram minha decisão.” 




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