Decepção. O meia Gilberto não esconde seu desapontamento pelo fato de ter sido cortado da seleção que vai defender o país na Copa América. O jogador retorna do Rio nesta quarta e recomeça o tratamento com o médico Paulo Forte. “Estou chateado, mas vou fazer o quê? Nós jogadores corremos esse risco de lesão e, infelizmente, aconteceu comigo. Tenho de encarar da melhor maneira. Só pensando assim para ter força em termos de seleção”, disse o meia, que pode se transferir para o Hertha Berlim.

Gilberto ouviu um consolo do técnico Carlos Alberto Parreira. Segundo o jogador, o treinador da seleção conversou pessoalmente com ele e deixou no ar uma nova oportunidade mais para a frente. “Ele falou que era para eu levantar a cabeça, aquela coisa toda. Mas entendo a sua posição porque um técnico de seleção não pode improvisar. Se ele me leva e o Gustavo Nery se machuca, teria de colocar um outro jogador na posição. É difícil”.

O jogador espera poder ser lembrado por Parreira nas próximas convocações para que possa mostrar o seu potencial. “Tem a Copa Ouro, as eliminatórias. A Copa América seria uma boa oportunidade, não poderia deixar passar. Essa já não vou ter para mostrar minha capacidade. Mas se aconteceu desta maneira, não posso fazer nada. É ficar torcendo pelos amigos que tenho lá para que eles possam trazer o título para o Brasil”.

Gilberto se machucou durante um treino, quando o lateral-esquerdo Triguinho se desequilibrou e caiu com as costas em cima do seu joelho esquerdo. “Vou precisar de uns 10, 15 dias para ficar sem dor e aí sim começo o trabalho de recuperação”.

O meia do Azulão espera estar inteiro nos próximos 15 dias e voltar a ajudar o São Caetano no Brasileiro, no qual a equipe ocupa a quarta colocação (18 pontos), três a menos que o líder Figueirense. Nesta terça, o grupo treinou em dois períodos na Estância Santa Luzia, já se preparando para encarar o Botafogo, domingo, no Anacleto Campanella.