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Casa da Gestante segue com obras paradas e sem prazos

Equipamento destinado a mulheres com gravidez de risco deveria ter sido entregue há um ano; indignação motivou ato

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
07/09/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O aniversário de um ano do que deveria ter sido a entrega da Casa da Gestante, ontem, motivou ato em frente ao equipamento municipal, que está previsto para funcionar ao lado do Hospital da Mulher, no Parque Novo Oratório, em Santo André. O local, destinado ao atendimento de até 20 mulheres que têm gravidez de risco e que não podem fazer esforço, mas também não têm necessidade de ficar internadas, não tem prazo para ser entregue. <EM>

Orçada em R$ 1,05 milhão, sendo R$ 653 mil do município e R$ 446 mil do governo federal, a obra está paralisada desde agosto de 2016 e tem previsão de ser retomada apenas em 2019 pela atual administração.

O descontentamento com o fato motivou grupo de moradores a montar tenda em frente ao canteiro de obras abandonado com direito a bolo e faixa irônica com os dizeres “já se passou um ano e nada foi feito. Feliz aniversário e venha comer seu bolo”. O miniprotesto ocorreu bem em frente à placa que dá à comunidade informações sobre o equipamento municipal, cuja entrega estava agendada para ocorrer em 6 de setembro de 2016.

A panfleteira Maria José Barbosa, 60 anos, afirmou que foi convidada para o ato em frente ao equipamento de Saúde. “Deveriam entregar essa obra. Assim que entregar será melhor para as mulheres”, considera a munícipe a respeito do local, que não tinha movimentação de trabalhadores.

Para a vendedora Priscila Belina Lopes, 35, a modernização do equipamento de Saúde é fundamental. “Já que querem fazer, seria bom terminar. Como é negócio de gestante e bebê, vai ser bem legal. Eu fico contente de eles falarem que vão construir mais um pedaço”, diz.

Questionada, a Prefeitura de Santo André afirmou que não há projeto para a retomada da construção da Casa da Gestante e que as intervenções se encontram “no ponto de alvenaria com ponto de respaldo para montagem de escoramento para laje” e que a administração projeta retomada das obras apenas em 2019.

Em janeiro, a administração havia justificado ao Diário que a paralisação da obra se dava por problemas orçamentários. Na mesma ocasião, o Ministério da Saúde informou que repassou a totalidade do investimento previsto para as obras, no valor de R$ 446,7 mil à Prefeitura. “O último repasse (80%), de R$ 357,3 mil, foi realizado no dia 28 de dezembro de 2016. O Ministério da Saúde aguarda a inserção do novo prazo de conclusão da obra por parte do gestor municipal no Sismob (Sistema de Monitoramento de Obras)”.




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