Política Titulo Homem-forte de Pinheiro
Bonome aceita convite de Pio Mielo e afirma que não prejudicará Auricchio

Peemedebista diz que vai para a Câmara, mas garante não atuar para afetar governabilidade

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
05/01/2017 | 07:00
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Homem-forte do governo Paulo Pinheiro (PMDB) em São Caetano, Nilson Bonome (PMDB), disse ontem ao Diário que aceitará o convite do presidente da Câmara, Pio Mielo (PMDB), de assumir cargo de secretário-geral do Legislativo. O peemedebista garantiu que não atuará para afetar a governabilidade do atual chefe do Executivo, José Auricchio Júnior (PSDB), mas que vai “acatar as ordens” de Pio.

“Não existe ameaça à governabilidade. Não farei nenhuma política que prejudique o governo de Auricchio. Agora, vou seguir as recomendações do presidente da Câmara”, sustentou o peemedebista.

Vitorioso na disputa pela presidência do Legislativo em chapa de oposição ao governo Auricchio e por movimentação desenhada com ajuda de Bonome, Pio negou que sua vitória significava derrota de Auricchio. Porém, o convite feito a uma das figuras mais próximas de Pinheiro para o núcleo duro da Câmara foi encarado por parlamentares do chamado G-9 (grupo de nove vereadores governistas) como ameaça direta à governabilidade do tucano. A escolha veio poucas horas após a derrota do governo na disputa pelo comando da Casa e o revés ainda não tinha sido digerido.

Na terça-feira. Pio foi ao Palácio da Cerâmica conversar com o prefeito. Embora pequena, a expectativa dos governistas era de que o novo chefe da Câmara recuasse do convite a Bonome.

Além de isso não ocorrer, os dez parlamentares que deram vitória a Pio – o intitulado G-10 – decidiu se manifestar favoravelmente à indicação de Bonome para o posto, o cargo administrativo mais alto da Casa. “O objetivo é trabalhar pela cidade. Quem ganhou a eleição foi o Pio, que é do PMDB. Não tem essa de ‘pinheirista’. Fui leal ao Paulo e agora serei ao Pio. Sou fiel a um só Deus”, afiançou o peemedebista.

Na gestão Pinheiro, Bonome foi titular da Pasta de Governo e cuidou pessoalmente da interlocução do Executivo com os parlamentares. No campo político-partidário, foi o principal patrocinador das ações contra Auricchio na Justiça Eleitoral na tentativa de enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa – teve as contas de 2012 reprovadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), mas posteriormente o parecer foi derrubado pela Justiça Comum.

Nem Pio Mielo, nem Auricchio retornaram aos contatos do Diário. 




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