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Depois do PED, PT de S.Caetano prepara disputa interna acirrada
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
09/12/2007 | 07:22
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Depois da vitória de Edson Bernardes no PED (Processo de Eleição Direta) do PT de São Caetano, a prévia que definirá o candidato à Prefeitura promete ser bastante concorrida. O pleito será realizado, provavelmente, em janeiro.

Bernardes é líder do grupo que apóia a candidatura de Jayme Tortorello. “O Jayme tem condições de arregimentar um grande potencial de votos e disputar a Prefeitura com chance de ganhar”, analisa o presidente do diretório municipal. “Mas faremos uma prévia democrática e organizada. Temos de chegar unidos à eleição.”

Jayme Tortorello se diz tranqüilo para a disputa, pois garante ter o apoio da maior parte das lideranças do partido. Também aposta em seu nome devido “à baixa popularidade” do atual prefeito, José Auricchio Júnior (PTB). “Tenho mais facilidade de conquistar votos fora do PT”, analisa.

Uma das “facilidades” é a proximidade com o sobrinho Marquinho Tortorello, presidente do PPS. “É cedo para falar em coligações, mas, depois da prévia, nos reuniremos com o grupo majoritário e alinharemos as parcerias”, garante Jayme, filiado ao PT desde 1997.

Mas Bernardes nega. “Aliança com o PPS é difícil, pois o partido não está no campo de coligação nacional com o PT”.

Mesmo com o apoio do presidente da legenda, Jayme não é unanimidade no grupo que agora comanda a executiva municipal.

Um dos exemplos é Valmir Murbach, que trabalhou pela eleição de Bernardes e já anunciou ser um dos pré-candidatos a prefeito.

Murbach – que disputou a eleição de 2004 como vice-prefeito, ao lado de Hamilton Lacerda (a chapa conquistou 30.490 votos, ou 32,18%) – acredita ser “a terceira via” da prévia petista, que ainda tem João Moares concorrendo. “Temos um candidato que representa o passado (João Moraes) e outro que não tem identidade com o PT (Jayme). Eu tenho chance de unir os dois lados e garantir a unidade do partido”, avalia.

João Moraes acredita que seu nome ultrapassa o limite de alcance das duas chapas concorrentes. “Vários filiados do diretório simpatizam comigo. O importante é fazermos com que seja um processo transparente e saiamos unidos para a campanha, com um projeto alternativo para São Caetano”, afirma Moraes, que disputou a última eleição em 1992 (foi 1º suplente do PT).



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