A carta entregue à ONU pelo ministro iraquiano das Relações Exteriores, Naji Sabri, diz que Bagdá aceita o retorno incondicional dos inspetores de desarmamento das Nações Unidas.

"É um movimento tático do Iraque para evitar uma ação firme do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan. "Está na hora de o Conselho de Segurança agir".

"Não é mais uma questão de inspeções. Trata-se de eliminar as armas de destruição em massa do Iraque e garantir que o regime iraquiano respeitará todas as demais resoluções do Conselho de Segurança", destacou o porta-voz.

Um alto responsável do departamento de Estado, que pediu anonimato, disse à imprensa que a carta não contém "uma promessa de que Bagdá respeitará suas obrigações ou as resoluções do Conselho de Segurança" da ONU.

"Ela não traz uma promessa sobre o acesso completo e sem restrições" dos inspetores ou "uma promessa de desarmamento, como o Iraque está obrigado. Esta carta é apenas mais uma declaração em um pedaço de papel".

Por outro lado, o funcionário admitiu que "a carta mostra que quando a comunidade internacional está mobilizada, como ocorreu após o discurso do presidente Bush) até o Iraque escuta" sua mensagem.