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Vitória e Vila Velha: beleza em dose dupla
Illenia Negrin
Enviada ao Horizon
30/12/2010 | 07:14
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A capital capixaba é a segunda parada do Horizon, no quarto dia de viagem. Destino ainda pouco explorado pelos turistas, surpreende pelo planejamento urbanístico. A Ilha de Vitória, formada por arquipélago de 33 ilhotas, é cortada por seis pontes que dão acesso à porção continental. A principal delas, com 4 quilômetros de extensão, faz a ligação com a vizinha Vila Velha. Os passeios oferecidos levam o visitante aos principais pontos das duas cidades.

As grandes estruturas de concreto, em contraste com o mar esverdeado, fazem lembrar a capital catarinense, Florianópolis. Já os morros que contornam as praias remetem ao Rio de Janeiro.

Se a paisagem soa familiar aos visitantes que conhecem as outras duas capitais, a cultura, os prédios históricos, as belezas naturais e a gastronomia são diferenciais.

 

PENHA

Em Vila Velha, o Convento da Penha, ponto turístico mais visitado do Espírito Santo, é visita obrigatória. Localizado no bairro mais antigo do município, o convento é uma das mais belas e antigas construções do Brasil Colonial e o mais antigo santuário mariano do País. Localizado a 154 metros de altitude, foi construído em 1558, sobre um rochedo, pelo frei Pedro Palácios, depois que a imagem da santa, trazida de Portugal, desapareceu e foi encontrada pelos índios no local.

Do mirante é possível contemplar Vila Velha, Vitória e cidades vizinhas. O percurso íngreme até o monumento é realizado por uma antiga estrada de paralelepípedos, com calçada de pedras, rodeada por resquícios da Mata Atlântica.

A maioria chega até lá de carro. Mas há quem prefira realizar o trajeto a pé - geralmente os devotos da padroeira, que costumam pagar promessas, ou adeptos de trekking. A caminhada leva cerca de uma hora.

Na base do convento são encontradas lanchonetes, lojas de suvenires e telescópios que permitem enxergar todo o litoral de Vitória.

No interior da edificação, o visitante encontra a tela de Nossa Senhora das Alegrias, trazida da Escola Ibérica do início do século 16, também pelo Frei Pedro Palácios. A tela, pintada a óleo por autor desconhecido, é tida como a mais antiga existente em solo americano. Há também murais de Benedito Calixto.

Ainda em Vila Velha, a visita monitorada à Chocolates Garoto é outra boa pedida. Além de conhecer uma das maiores fábricas do gênero, é possível degustar bombons. Os ingressos custam R$ 10 e é preciso agendar com antecedência.

 

VITÓRIA

Na capital, Vitória, os amantes da arquitetura podem conhecer o Teatro Carlos Gomes, inaugurado em 1927. Inspirado no Scala, de Milão, e projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, o prédio conserva estilo neoclássico e o teto pintado pelo artista Homero Massena, um dos principais nomes da arte capixaba.

Os mercados municipais da capital também conservam elementos históricos centenários, além de oferecerem peças de artesanatos produzidas em palha, bambu e argila, típicas do Espírito Santo.

Na Associação das Paneleiras de Goiabeiras, é possível comprar as tradicionais panelas de barro e observar as técnicas de produção do artefato, transmitidas de mãe para filha há mais de 400 anos.

Na Ilha das Caieiras, Zona Sul da cidade, é possível acompanhar o trabalho de outro grupo de mulheres, bastante característico do território capixaba: as desfiadeiras de siri. Reunidas em cooperativa, elas desfiam o crustáceo retirado do mar pelos homens. Depois, preparam as casquinhas que são servidas no recém-inaugurado restaurante das cooperadas.

O passeio pela orla reformada da Praia de Camburi, uma das principais de Vitória, satisfaz os olhos - e o estômago. Ali são encontrados restaurantes especializados na moqueca capixaba, prato mais leve que a especialidade baiana, feita com azeite de oliva, sementes de urucum e limão. A refeição para duas pessoas custa, em média, R$ 50.  




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