Economia Titulo Fitch Rating
Estabilidade facilita nota dada ao País
30/05/2008 | 07:01
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A diretora-sênior da Fitch Ratings em Nova York, Shelly Shetty, afirmou que a melhoria "dramática" das contas externas e da estabilidade macroeconômica foi um dos principais motivos que levaram a agência a atribuir ontem a nota de grau de investimento ao Brasil.

O anúncio ocorreu um mês após a elevação da nota brasileira ao mesmo nível pela S&P (Standard & Poor's), a primeira entre as três maiores agências de rating do mundo a conceder o grau de investimento ao País, em 30 de abril.

"O País registrou uma melhora dramática das contas externas, há maior estabilidade macroeconômica e aumentou a confiança (dos agentes econômicos) de que o País apresenta menor volatilidade para apresentar uma maior velocidade de crescimento do PIB."

Shelly destacou que a evolução da política monetária e fiscal foi essencial para a Fitch conceder o upgrade ao Brasil. "Do lado da política monetária, a independência operacional do Banco Central tem se consolidado, o que foi exemplificado pelo recente aumento de juros pelo BC (adotado em abril)."

Segundo ela, mesmo que a inflação fique acima do centro da meta de inflação neste ano, as expectativas dos analistas de mercado para 2009 estarão no centro da meta (4,5%) e o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a Selic no mês passado para combater a inflação e ancorar as expectativas.

"O avanço da credibilidade do Banco Central ao longo do tempo deve reduzir ainda mais a volatilidade da inflação", comentou.

Shelly afirmou que a intenção do governo de elevar a meta de superávit primário, atualmente em 3,8% do PIB, é "positiva" para melhorar a condução da política econômica, pela ação conjunta das políticas fiscal e monetária.

Ela destacou que governo tem feito "a lição de casa" na gestão da economia, o que ficou claro quando o Congresso rejeitou a renovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). "Mesmo sem 1,5% do PIB em receitas, o governo respondeu prontamente ao deixar claro que vai cumprir a meta de 3,8% do superávit primário para este ano."




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