Em visita ao Brasil, o príncipe Harry, da Inglaterra, conheceu ontem o trabalho social promovido em Diadema pela Acer Brasil (Associação de Apoio à Criança em Risco), no bairro Eldorado, que atende mais de 3.000 pessoas em diversos projetos.

Harry, que está no País desde o início da semana, é o quarto na sucessão do trono inglês (o primeiro é seu pai, Charles; o segundo, seu irmão mais velho, William, e, o terceiro, o sobrinho George).

Vestindo camisa verde e amarela, a primeira parada em solo diademense foi na sede da instituição. De lá, o herdeiro real seguiu para o Centro Público Eldorado, localizado a poucos metros da entidade, onde um grupo de 25 crianças atendidas pelo projeto Futebol e Cidadania o aguardava. Quebrando o protocolo, Harry dispensou o carro e fez o trajeto a pé, cumprimentando a todos da comunidade, que parou com a presença do príncipe. “Ele é uma pessoa comunicativa, sensível e de muita empatia. Nesta visita pôde conhecer de perto os desafios do nosso trabalho e também enxergar mudança, felicidade e futuro”, destacou o secretário-geral da Acer, Jonathan Hannay, britânico que vive há 21 anos no Brasil.

O projeto Futebol e Cidadania é financiado pela entidade inglesa ABC Trust e atua em espaços de maior vulnerabilidade social. Além do Eldorado, está presente nos bairros Sapopemba, Inamar e Vila Paulina, totalizando 600 pessoas atendidas, com idades entre 7 e 24 anos.

Assistindo ao jogo das crianças, o príncipe recebeu convite especial de Gustavo Henrique Hannay, 10 anos, filho de Jonathan, que fala um pouco de inglês. “Chamei o Harry para jogar bola com a gente e, quando ele perguntou o porquê, respondi que seria legal jogar futebol com um príncipe”, disse.

O chamado foi aceito e, por quase meia hora, Harry interagiu com os jogadores mirins. Se ele bateu um bolão? “Mais ou menos”, opinou Gustavo.

Ao término da partida, o britânico posou para uma foto oficial com as crianças e o prefeito Lauro Michels (PV), segurando uma camisa de um dos times da cidade, o Água Santa. Ele deixou o local sem falar com a imprensa.

Para o chefe do Executivo, a presença do príncipe deu visibilidade ao município. “Isso mostra que a cidade também tem coisas boas e que o futebol deve ser visto não só pelo lado competitivo, mas como uma ferramenta de Educação e promoção da Saúde.”