Quem é o grande comandante do Paço de São Bernardo? O prefeito Luiz Marinho, a mulher dele, Nilza de Oliveira, secretária de Planejamento Participativo, ou o ex-prefeito Maurício Soares? Quem marcou uma das opções acima, errou redondamente. A grande operadora é Míriam Belchior, subchefe da Casa Civil e que coordenou a equipe de transição. E seu poder começa a incomodar muita gente na administração. São indicações dela os principais nomes que ocupam o prédio e isso, em política, mexe com egos, vaidade e ciumeira. Fazendo uso de marketing pessoal, Míriam se posiciona como a grande operadora de feitos políticos, e isso irrita muita gente.

Apesar de discreta, ela tem personalidade forte e ativa na administração pública. Nos governos Celso Daniel (1989-1992 e 1996-2000), seu ex-marido, despertou algumas desconfianças em razão de sua influência política. Ficaram resquícios, tanto que ela e seu grupo perderam a queda-de-braço com João Avamileno, que apoiou Vanderlei Siraque nas prévias andreenses contra Ivete Garcia. Ela liderou o pelotão que veio diretamente de Brasília para garantir a vitória de Ivete. Não conseguiu, voltou para o Distrito Federal e deixou o grupo andreense resolver sozinho o mal-estar criado com o prefeito Avamileno.

Agora dá as cartas em São Bernardo. De seu grupo estão no governo Maurício Mindrisz, Celso Frateschi, Teresa Santos, Cleusa Repulho, Benedito Mariano, Epeus Pinto Monteiro, Jorge Matoso, entre outros.

Bastidores

Presente de grego

A abertura do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas demorou uma enormidade, para desespero dos convidados, principalmente os homens, que derreteram em seus ternos. E a culpa foi de quem presenteou o presidente Lula. "Começo com um pedido de desculpas a vocês, porque, ao terminar o primeiro evento, eu, primeiro, ganhei uma gravata que desbotou e manchou toda a minha camisa. E eu pensei que tinha roupa no carro, mandei buscar no carro, a roupa não estava no carro, estava no Palácio do Planalto, então eu demorei. Então, desculpem, eu sei que vocês estão aqui desde uma hora da tarde, uma e meia." Imaginem a qualidade da gravata, hein!

Ideia de grego

Por falar em gravata, secretários de Aidan Ravin fuzilam com os olhos todos os dias o autor da brilhante ideia (dizem eles) do uso de paletó e gravata pelos homens do primeiro escalão. Um deles, Alekssander Soares, da Comunicação, até adquiriu um tique: passa o tempo todo afrouxando o nó da gravata. O autor da sugestão, prontamente acatada e determinada pelo prefeito, fecha ainda mais os olhos sempre que cruza com os colegas engravatados.

Posição do leitor

E-mail enviado por Manoel da Silva: Venho a discordar de Bento Lopez em sua coluna onde diz ‘Pisou na bola'. Acredito que enviar 'seus homens de confiança' é mais do que cabível pois o Dr. Aidan não poderia estar em todo o município ao mesmo tempo, levando em consideração o congestionamento. Quanto à frase ‘com os pés na lama e camisa arregaçada', a resposta vem no caderno de Esportes (Brunão faz água a cada dois anos... Nos últimos 13 anos, o local foi invadido...). Quem deveria arregaçar camisa? Acredito que deveria ser quem esteve 12 dos últimos 13 anos administrando a cidade e não quem iniciou há quase dois meses. Nosso amigo Bento tem de vestir a camisa da cidade antes de julgar os administradores, ou ao menos ver o Diário inteiro.

Posição do colunista

Meu caro Manoel. Respeito sua posição, mas, vamos às considerações: Se os homens de confiança conseguiram enfrentar o congestionamento, o Dr. Aidan deveria ter feito o mesmo. Como prefeito, deveria ter sido o primeiro a estender a mão a quem estava com água até a cintura. Com relação ao Estádio Bruno Daniel, se os administradores passados fecharam os olhos, isso não serve de pretexto para fazer o mesmo. Se Santo André atravessou mais uma década às cegas, não se pode aceitar que o atual comandante também prefira não enxergar.