O Brasil é o maior remetente de mensagens eletrônicas indesejadas – os chamados spams – da América do Sul. Segundo estudo feito pela Sophos Labs, empresa americana que atua na área de segurança e proteção contra vírus, spywares e spams, o país ocupou o sétimo lugar entre as maiores nações emissoras desse tipo de mensagem no segundo trimestre de 2006. Com 3,1% do total, o Brasil é o único do continente sul-americano a figurar na lista.

Os Estados Unidos são, de longe, o maior emissor mundial de spams. Segundo a pesquisa, 23,2% dos e-mails indesejados recebidos em todo o mundo são procedentes dos Estados Unidos, apesar de este país contar desde 2003 com a Can-Spam Act, uma lei federal cujo objetivo é justamente combater esse tipo de mensagem, alerta a Sophos.

"É lamentável ver os Estados Unidos perderem um pouco de seu impulso na luta contra o spam. A quantidade estava diminuindo a cada trimestre desde a entrada em vigor da Can-Spam Act, mas parece que o país ainda tem muito trabalho a fazer para combater essas mensagens", disse Ron O‘Brien, especialista em questões ligadas à segurança informática da Sophos.

Além dos Estados Unidos, os principais remetentes mundiais de e-mails indesejados são China (20%) e Coréia do Sul (7,5%). A França ocupa o quarto lugar, com 5,2%; a Espanha, o quinto, com 4,8%, e a Polônia, o sexto, com 3,6%.

Na contagem por continente, a Ásia é o que mais envia spams, com 40,2%. A Europa subiu para 27,1% e superou o continente norte-americano, até então o segundo lugar, que ficou com 25,7%. (Com agências)