Antes de deixar a capital russa com destino a Kiev (capital da Ucrânia - última etapa do seu giro europeu), onde dirigentes ucranianos lhe dirao primeiramente a data do fechamento da usina nuclear de Chernobyl, Clinton fez um discurso para os deputados na Duma (câmara baixa russa).
O presidente americano encorajou os parlamentares russos a transformar seu país em uma democracia moderna e garantiu a eles que os Estados Unidos ``desejam uma Rússia forte', para enfrentar os novos desafios do século 21. ``Um Estado forte deveria, antes de tudo, empregar sua força na garantia do Estado de direito, proteger os fracos dos poderosos, defender as liberdades democráticas (inclusive a liberdade de expressao e religiao) e oferecer a todos a oportunidade de desenvolver suas capacidades pessoais', afirmou.
O presidente americano quis tranqüilizar os deputados russos ao assegurar que o sistema nacional de defesa antimíssil (NMD) proposto por Washington tem como objetivo a defesa contra a nova ameaça nuclear que representam certos Estados e organizaçoes terroristas e impedir ``que as armas nucleares ou outros tipos de armas de destruiçao caiam em maos perigosas, ameaçando' os dois países.
Clinton também reafirmou sua postura sobre o conflito na Chechênia, após dizer que a Rússia ``estava em seu direito de combater o terrorismo', mas que apenas conseguiria a paz na república com uma ``soluçao política'.
O presidente americano nao pareceu ter convencido os deputados.
Do lado de fora da Duma, 50 manifestantes comunistas protestavam contra a visita de Clinton, erguendo bandeiras soviéticas e agitando cartazes.
Ao fim do discurso do presidente americano e após os aplausos dos parlamentares, o deputado ultranacionalista Vladimir Jirinovski protestou, gritando ``vergonha' ao alegar que as autoridades haviam trazido membros do serviço de segurança e da chancelaria, para que a câmara ficasse cheia.
Mas Clinton nao deixou Moscou com as maos totalmente vazias, já que assinou com Putin dois acordos sobre desarmamento. O primeiro diz respeito a destruiçao de 34 toneladas de plutônio de uso militar nos dois países e o segundo se refere à criaçao de um centro comum de alerta contra lançamentos de mísseis.
O presidente russo se comprometeu a continuar as negociaçoes de alto nível sobre o NMD e as maneiras de frear futuras ameaças estratégicas e balísticas de terceiros países.
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