A França reafirmou nesta terça-feira a oposição à pena de morte para o ex-presidente do Iraque, Saddam Hussein, para quem a promotoria do tribunal que o julga em Bagdá pediu segunda-feira a pena máxima.

"A França, junto com seus companheiros europeus, fez saber às autoridades iraquianas, desde setembro de 2005, que se opunha à pena de morte, inclusive para Saddam Hussein", declarou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

Segundo ele, o julgamento de Saddam Hussein representou uma ocasião para que o povo iraquiano esclarecesse as circunstâncias de vários crimes pelos quais o presidente deposto é responsabilizado.

"Os iraquianos têm direito a saber a verdade e a fazer justiça, mas através um processo justo", declarou.

A promotoria do Alto Tribunal Penal iraquiano pediu segunda-feira a pena de morte para Saddam Hussein e dois de seus colaboradores, a quem acusa de crimes contra a humanidade pelo massacre de 148 camponeses xiitas em Dujail (norte de Bagdá) nos anos 80.

A próxima audiência do julgamento foi fixada para 10 de julho e, nela, se conhecerão as alegações da defesa. O veredicto está previsto para meados de setembro.