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Oposiçao critica métodos do governo para garantir apoio
Do Diário do Grande ABC
20/05/2000 | 16:35
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Os resultados da pesquisa realizada pelos cientistas políticos Fernando Limongi e Argelina Figueiredo nao convenceram quem entende do assunto na prática. A maioria dos parlamentares ouvidos até concorda que o atual governo tem apoio quase maciço de sua base aliada no Congresso Nacional, mas usam outros argumentos para explicar os caminhos percorridos pelo governo para conseguir a fidelidade de seus aliados e das bancadas suprapartidárias.

O líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE), nao concorda que as bancadas suprapartidárias nao têm poder para derrubar projetos. 'Hoje, no Congresso, prevalece o interesse personalizado. Nao existe compromisso com o partido ou com o governo``, diz. 'Para se chegar ao resultado de vitória para o governo, é preciso passar por um longo período de discussao e convencimento``, declara.

O líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira (RJ) faz o mesmo raciocínio. 'Quando existe dissenso entre as bancadas suprapartidárias e os partidos, as matérias (proposiçoes em tramitaçao) sao tiradas de pauta até que se consiga o consenso``, avalia. Miro Teixeira afirma que essas divergências costumam ficar em segredo. 'Há uma preocupaçao de nao permitir que um assunto seja discutido em plenário até que esteja com apoio consolidado``. Nesse caso, segundo ele, o segredo conduz à falta de informaçao e, por conseqüência, a um raciocínio que nao leva em conta a força das bancadas suprapartidárias.

Semelhante análise é feita pelo líder do PPS no Senado, Paulo Hartung (ES). Ele considera que o mérito das vitórias do governo é todo dele. 'Na hora H prevalece a força do governo e nao dos partidos, que sao fracos``, diz ele. Segundo o senador Hartung, nos momentos de votaçao, a palavra do líder dos partidos nao é tao importante na definiçao dos votos. 'Há uma relaçao de convencimento de parlamentar para parlamentar e de governo para parlamentar``, explica. É uma referência às conversas entre parlamentares e ministros que antecedem as votaçoes importantes, e aos vários telefonemas de autoridades do Executivo.




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