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Internet melhora serviço
Por Do Diário do Grande ABC
27/03/1999 | 13:16
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Velocidade, banda larga para transmissao de dados e criatividade, além de excelentes relaçoes com o cliente (incluindo suporte e serviços) e customizaçao a qualquer preço foram recomendaçoes também dos outros dois palestrantes principais do evento. "Em duas ou três décadas, a economia da Internet vai mudar absolutamente tudo", avisou John Chambers, CEO da Cisco Systems, que nos últimos três anos sextuplicou o faturamento de sua empresa.

A Cisco fatura, no momento, US$ 7,5 bilhoes por ano e é uma das líderes mundiais em redes para a Internet. Chambers é também membro do comitê de política comercial que assessora o presidente Bill Clinton, dos Estados Unidos."Em vez de mera ferramenta, a tecnologia será uma vantagem competitiva fundamental", disse ele. "Do ponto de vista das empresas, o fator risco se reduz a uma questao de execuçao adequada", acrescentou.

Ele também foi muito incisivo ao afirmar que os governos têm um papel fundamental nesse processo. "Como republicano que sou, nunca imaginei que um dia fosse dizer isso, mas as parcerias dos governos com as empresas sao essenciais, e nós, empresários, nao podemos dizer que somos contra a chamada ingerência do Estado na economia, exceto quando é vantajoso para nós", ponderou.

Chambers tem encontrado chefes de Estado de todo o mundo e diz que nao há muitos que percebam a importância da transformaçao que está em andamento. Mas enumerou vários: Tony Blair, do Reino Unido, "que está copiando tudo que Clinton fez, porque Clinton e Al Gore (o vice-presidente dos EUA) entenderam muito bem o que está em jogo"; e os governos da China, de Cingapura, da Malásia, da Austrália e da Polônia.

Chambers teve um encontro privativo com Jiang Zemin e deixou o chinês surpreso: "Você está me dizendo que uma pequena empresa em Beijing poderá competir com um gigante inglês?", perguntou o líder chinês a Chambers, que respondeu afirmativamente e lhe mostrou como. Da América Latina, Chambers citou apenas o México - e nao de maneira positiva: "O país alcançou tardiamente a Revoluçao Industrial, mas alcançou, e no entanto, quem se beneficia disso? Apenas 10% da populaçao, porque os outros 90% nao receberam educaçao suficiente. A situaçao será ainda mais grave na era da Internet."

Com base nesse exemplo, Chambers ponderou que as duas grandes questoes da próxima eleiçao americana serao a economia e a educaçao. "Sem funcionários bem-educados, nao há empresa que consiga ser competitiva nessa nova economia", avisou Chambers. E, embora ele acredite que as empresas têm um papel a desempenhar nessa área (a própria Cisco investe uma fortuna em projetos educacionais que se estendem até a escolas públicas), Chambers argumenta que as iniciativas fundamentais sao necessariamente do governo.




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