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Petróleo fecha em baixa, mercado descarta sanções imediatas no Irã
Por Da AFP
01/09/2006 | 17:20
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Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira em Nova York, onde os investidores levaram em conta o bom nível de oferta do mercado e duvidaram de que o Conselho de Segurança da ONU consiga um acordo imediato para impor sanções ao Irã por seu programa nuclear.

Em Nova York, o barril do "light sweet cru" para entrega em outubro terminou a US$ 69,19, seu nível mais baixo no fechamento desde 20 de junho. Em Londres, o barril do Brent do mar do Norte para entrega em outubro ficou cotado a US$ 69,15.

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, reiterou nesta sexta-feira que seu país "não cederá nem um ápice" em seu direito à energia nuclear, um dia depois do vencimento do prazo estabelecido pelo Conselho de Segurança da ONU para suspender seu enriquecimento de urânio.

Ele expõe este importante produtor de petróleo a sanções internacionais, que serão debatidas na próxima quinta-feira em Berlim pelas grandes potências. No entanto, o mercado não parecia estar reagindo a esta possibilidade.

"Provavelmente isto ocorre porque o presidente Bush é o único que defende uma ação rápida contra o Irã e sem um grupo unido seria muito difícil e lento decidir e fazer respeitar as sanções", sublinhou Mike Fitzpatrick, analista da corretora Fimat. A Rússia se opôs implicitamente nesta sexta-feira a sanções contra o Irã, estimando que é necessário "um diálogo" para encontrar uma saída para a crise. A China, que também é membro do Conselho de Segurança, se opõe igualmente às sanções, o que limita as possibilidades de que o Conselho adote uma resolução nesse sentido.

O mercado estima pouco provável que o Irã use a "arma petrolífera", reduzindo as exportações de petróleo ou bloqueando o tráfego no estreito de Ormuz, por onde passa 20% do comércio mundial de petróleo. Além disso, "cresce a percepção de que o mercado está bem abastecido", destacou Fitzpatrick em alusão à abundância das reservas petrolíferas americanas.




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