O Santo André (quinto colocado) não encara o Santos (sexto) como se o confronto desta quarta-feira, às 19h30, na Vila Belmiro, fosse tudo ou nada na luta do time local de voltar ao G-4, o grupo dos quatro primeiros do Estadual. Ambos têm 27 pontos, mas a equipe do Grande ABC leva a melhor nos critérios de desempate.

O técnico Sérgio Guedes considera fundamental desafiar o adversário de frente, mas não vê o duelo como decisivo. "Ainda faltam quatro rodadas. Em tese, os candidatos à classificação não poderiam tropeçar. Mas, em seguida, haverá mais três chances. Não vou aumentar a nossa responsabilidade", disse.

Segundo ele, os jogadores do Santo André estão acostumados a enfrentar situações complicadas. Entre outros exemplos, ele citou a vitória sobre o São Paulo (no Morumbi) e o empate recente diante do Corinthians (no Estádio Bruno Daniel). "Alcançamos um bom nível de equilíbrio. Teremos dificuldades, mas estamos em condições de superá-las", supõe.

O meia Marcelinho Carioca usa o mesmo discurso do comandante ao analisar as circunstâncias que aguardam o Santo André no ambiente alvinegro. "Já provamos que temos condições de impor o nosso ritmo dentro ou fora de casa. Queremos os três pontos, mas não podemos projetar uma finalíssima. Isso atrapalharia", alerta.

Na opinião do diretor executivo Müller, que defendeu o Santos nas temporadas 1997 (Luxemburgo no comando) e 1998 (Leão), as pressões devem recair sobre o Santos. "Sei como é aquilo. Eles, sim, é que serão muito mais cobrados", prevê.

Enquanto isso, o zagueiro Marcel, expulso contra o Corinthians, pegou apenas um jogo de suspensão (já cumprido) no julgamento de ontem. Chiquinho (lesão muscular) e Pablo Escobar (seleção boliviana) são desfalques. Cicinho (pancada na perna direita) é dúvida.