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Chile tem proposta para presos que sumiram
Do Diário do Grande ABC
09/06/2000 | 00:12
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A questao dos desaparecidos políticos no Chile parece estar a caminho de uma soluçao. Militares e ativistas dos direitos humanos conseguiram ontem afinar suas propostas em torno do caso dos presos que sumiram durante o regime do general Augusto Pinochet (1973-1990). A possibilidade de anistia para os responsáveis foi completamente descartada.

O ministro de Defesa, Mario Fernández, disse que um documento deverá estar pronto, no prazo de uma semana, para receber a assinatura dos 22 integrantes do grupo, criado no ano passado pelo governo do presidente Eduardo Frey, e reempossado por seu sucessor, Ricardo Lagos. Menos otimista, o advogado ativista dos direitos humanos Héctor Salazar reconheceu que há avanços, mas tudo ainda no campo das negociaçoes.

Já o presidente Ricardo Lagos descartou a possibilidade de uma lei que ponha um ponto final no tema violaçao dos direitos humanos, apesar das pressoes da oposiçao direitista. A proposta, porém, nao prevê puniçoes para os responsáveis pelos abusos cometidos, encerra os processos abertos e aplica uma anistia, sem investigar quem foram os responsáveis nem o que as vítimas sofreram. As Forças Armadas já avisaram que nao possuem informaçoes sobre os desaparecidos, cujo número total supera mil pessoas.

Os militares deram uma calorosa acolhida a Pinochet, quando ele retornou ao Chile, há nove meses, vindo da Gra-Bretanha, de onde quase foi expatriado para a Espanha para ser julgado pelos crimes cometidos pelo regime.




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