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Os Morassi nas colônias. Há 130 anos
Por Ademir Medici
12/06/2018 | 07:00
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 Há 30 anos, nesta data, Memória participou da missa solene celebrada na igreja de Santa Maria, bairro Demarchi, comemorativa ao primeiro centenário de chegada da família Morassi à Linha Galvão Bueno, do Núcleo Colonial de São Bernardo.

Lá estivemos com o repórter-fotográfico João Colovatti, que tirou as fotos hoje reproduzidas.

A foto coletiva, defronte à igreja, virou poster e foi colocada em local de honra do Restaurante Morassi, no bairro Batistini.

Da foto participou o casal Amália Morassi e Giocondo Piccinim, que celebravam 60 anos de casamento.

A mais idosa participante foi Rosa Morassi, de 86 anos, presente com os irmãos Adele, Amália e Lourenço, este com 75 anos.

Do outro tronco da família os mais antigos presentes à missa foram os irmãos Giacomo, Paulo, José e Regina, filhos de Giovanni Morassi e Maria Valeri Morassi.

E 30 anos se passaram...

 

LINHA DO TEMPO

A família Moras – e não Morassi – é originária da Comune de Cordenons, Distrito de Pordedone, Província de Udine.

18-4-1888 – O embarque no Porto de Gênova com destino ao Brasil. Vêm: o patriarca Gregório Moras, sua mulher, Luigia Corazza, e três filhos: Giovanni, 16 anos; Angelo, 14; e Luigia, 10.

A família embarca no navio ‘Buenos Ayres’

12-5-1888 – Chegada da família ao Porto de Santos.

O destino é uma fazenda em Piracicaba, mas ela vem para o Núcleo Colonial de São Bernardo.

Em São Bernardo casam-se os três filhos: Giovanni com Maria Valeri; tiveram 11 filhos; Angelo com Maria Pessoni, 13 filhos; Luigia com Giuseppe Vitoratto: o casal muda para a Argentina.

1988 – Cálculos da família indicavam a existência de quase 1.000 Morassi. E hoje?

 

Diário há 30 anos

Domingo, 12 de junho de 1988 – ano 31, edição 6777

Manchete – Mudanças no Imposto de Renda incluem também empresas e IPI

Política – Celso Daniel defende proposta de participação popular. E declara, como pré-candidato à Prefeitura de Santo André: “Além da periferia, a classe média deve participar”.

Cf. entrevista ao repórter Edmilson Zanetti.

Comportamento – Violência urbana resgata o namoro à moda antiga. Repórter Francisco Fukushima observa que os casais evitam namorar em praças públicas, preferindo a segurança dos terraços das casas das noivas.

Memória – Procissão de Santo Antonio.

 

Santos do Dia

Onofre (na estampa). De raízes nobres, torna-se ermitão. É considerado o padroeiro dos tecelões por ter feito uma tanga a partir de folhas de palmeira.

Olímpio

Iolanda

ALAMEDA GLÓRIA – Hoje, às 20h, véspera do Dia de Santo Antonio, o clube Alameda Glória, de São Bernardo, realiza festa em ação de graças ao santo. Local: Rua Príncipe Humberto, 315, Vila Duzzi.

 

Hoje

Dia dos Namorados

Dia contra o trabalho infantil

Dia do Correio Aéreo Nacional

 

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 12 de junho:

Em São Paulo, Santo Antônio do Aracanguá. Elevado a município em 1992, quando se separa de Araçatuba.

Em Pernambuco, Bodocó

Em Alagoas, Colônia Leopoldina

No Espírito Santo, Domingos Martins

No Paraná, Ibema, Lindoeste, Matinhos, Ouro Verde do Oeste e Santa Tereza do Oeste

No Rio de Janeiro, Italva

No Rio Grande do Norte, Janduís

No Piauí, Rio Grande do Piauí

Em Minas Gerais, Santo Antonio do Amparo

No Maranhão, São João dos Patos

Em Santa Catarina, São Ludgero

Em Sergipe, Simão Dias

Fonte: IBGE

 

Em 12 de junho de...

1958 – Nasce Gilda Roselli Napoleão, colaboradora desta página Memória e leitora assídua, em especial da seção Santos do Dia.

1966 – Mauá inaugura o Hospital Imaculada Conceição (o hospital da Santa Casa), que tem em anexo um dos principais patrimônios históricos do Grande ABC, a Capela Cristo Rei, pintada por Emerick Marcier e que foi tombada em 8 de dezembro do ano passado.

1968 – Diário lança nova coluna: Diário do Grande ABC nos Bairros.

1973 – Diário monta redação volante na Vila Baeta Neves, em São Bernardo, e anota: moradores querem telefone público, mais policiamento e retorno da feira livre à Rua Giacinto Tognato.

 

Lideas Colalillo Cecon

(Ribeirão Pires, 12-8-1924 – Santo André, 7-6-2018)

Dona Lídia, como era conhecida, foi a segunda secretária da Comissão Memória de Mauá, que deu à cidade um livro hoje clássico: De Pilar a Mauá, obra da Prefeitura lançada em 1984. No livro, Dona Lídia deixa o seu depoimento pessoal:

Nasci em Ribeirão Pires, em 1924. Vim para Mauá quando tinha 8 meses.

Em 1948 comecei a dar aulas, como eventual, no Viscondinho (o primeiro grupo escolar de Mauá).

Lecionei também em bairros como Itapeva, Jardim Zaíra, São João, Jardim Mauá e no Sesi.

Fui voluntária no Clube de Mães da Prefeitura de Mauá por nove anos.

Simples assim. Dona Lídia foi um amor de pessoa. Prestativa, inteligente, meticulosa. Realizou muitas entrevistas para o livro de Mauá e para esta página Memória. Guardamos vários dos seus escritos, todos à mão, letra de professora.

Filha de João Colalillo e Tereza Priolli Colalilo, dona Lídia nos contou que seu pai e outros moradores lutaram para trazer a eletricidade a Mauá e para trocar o antigo nome do lugar: Mauá no lugar do Pilar. João Colalillo também participou da fundação da Lira de Mauá.

Dona Lídia era viúva de Armando Cecon, com quem se casou em 1946. Tiveram uma filha, que faleceu precocemente. Agora, a partida da professora Lideas, aos 93 anos. Pensionista, ela foi sepultada no Cemitério da Saudade, em Vila Vitória.

 

 




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