Com capacidade para realizar 1,5 mil atendimentos por dia, o PS (Pronto-Socorro) Central de São Bernardo, na rua Secondo Mondolin, volta a atender nesta terça casos de emergência. Entregue com seis meses de atraso, a unidade ficou parcialmente interditada por um ano e meio para obras de reforma e ampliação. A intervenção custou R$ 8 milhões à Prefeitura. Com a abertura da unidade, fica suspenso o atendimento no Hospital Príncipe Humberto, na Vila Duzzi, que serviu como sede provisória do PS Central.

Antes da reforma, o pronto-socorro tinha um histórico de atendimento precário e insuficiente para a demanda média de 800 pacientes/dia. Em maio de 2003, o Diário flagrou a superlotação e mostrou dezenas de pessoas mantidas em macas, colocadas no chão dos corredores enquanto eram medicadas. O prefeito reeleito de São Bernardo, Willian Dib, enfatizou que cenas como essas deverão ser evitadas com a ampliação do número de leitos, que saltou de 63 para 120.

Nesta segunda, durante cerimônia de entrega, o prefeito não adiantou qual será o destino do prédio do Hospital Príncipe Humberto, que entrou em falência no primeiro semestre do ano passado. As dependências do hospital foram ocupadas em caráter emergencial pela Prefeitura para abrigar o PS Central, quando este foi interditado. Na ocasião, a administração municipal fez direito previsto na Constituição Federal que permite "uso de propriedade particular em caso de iminente perigo público". "Isso ainda é estudado (ocupação do Príncipe Humberto). Teremos uma resposta dentro de um mês", afirmou o prefeito de São Bernardo.

Uma das melhorias permitidas pela reforma do PS Central é a separação no atendimento a adultos e crianças. Os primeiros continuarão a ser atendidos no prédio original, como antes, onde também foi mantida a recepção. O piso inferior do mesmo prédio vai abrigar o serviço de psiquiatria. As crianças serão atendidas no novo edifício construído em anexo ao original.