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Saúde contra poluição

A poluição com que estamos sujeitos a conviver é uma realidade inquestionável. A instalação de indústrias na região sem o devido controle

Por Cristina Baddini
24/07/2009 | 00:00
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A poluição com que estamos sujeitos a conviver é uma realidade inquestionável. A instalação de indústrias na região sem o devido controle de emissões e o aumento da mobilidade baseado nos meios de transportes individuais vêm degradando o ambiente e afetando a qualidade de vida das pessoas, a eficiência econômica e a própria produtividade das cidades do Grande ABC.

Região Metropolitana
A poluição da Grande São Paulo é pior do que se imaginava se considerarmos a presença de poeira fina nas medições realizadas pelos órgãos competentes. O ar metropolitano vem sendo reprovado no padrão máximo de poeira fina, que é de dez microgramas, e agora se observa praticamente o dobro dos índices suportáveis. Na prática, se o Estado começar a levar em consideração esses valores, o ar será considerado impróprio praticamente todos os dias.
A poeira fina é considerada hoje pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o principal indicador dos danos que a poluição provoca na saúde das pessoas devido à agressividade da poeira nos pulmões e na corrente sanguínea.

Os culpados
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) estima que veículos sejam os principais responsáveis pelo problema, já que elementos ligados aos combustíveis representam mais de 40% da massa da poeira fina. Enquanto as partículas maiores são normalmente produzidas pelo atrito do pneu com o asfalto, as mais finas são também oriundas de gases poluentes, como óxido de nitrogênio, após as reações químicas na atmosfera. Para piorar, as micropartículas também permanecem mais tempo no ar.

Andares altos dos prédios têm mais ozônio
O ozônio é o componente químico que mais tem provocado dias com qualidade do ar ruim no Estado. A maior concentração de ozônio ocorre em altitude e se deve ao fato de que a substância depende de luz solar para se formar. Em áreas com grande concentração de prédios, há muita sombra nas partes mais baixas e, por isso, o ozônio persegue quem está nos prédios mais altos.
Mesmo quando uma estação fixa de monitoramento de poluentes indique baixos níveis de ozônio, as concentrações destes poluentes podem ser significativamente mais elevadas a cerca de cem metros na vertical.

Telhados brancos
Um estudo recente do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, mostrou que pintar os telhados de branco ajuda a combater o aquecimento global. Enquanto as coberturas escuras absorvem 80% do calor externo, as claras refletem até 90% da luz solar. Com isso, cidades com mais telhados brancos sofreriam menos com as ilhas de calor. Além disso, a temperatura interna também diminui e, assim, os ambientes exigem menos ar condicionado - o que reduz o consumo de energia e as emissões de CO2.

O que pode ser feito
Antigamente no Grande ABC, a morte dos canários significava que a poluição tinha chegado a níveis insatisfatórios para nós, os humanos. Sabe-se que a concentração de poluentes está associada a uma elevação no risco de contrair inúmeras doenças, desde as respiratórias, as cardiovasculares, até câncer e distúrbios de fertilidade.
Será que os prefeitos do Grande ABC acompanham os índices de poluição de suas cidades? Será que a Cetesb tem medições diárias na região? O que o Consórcio Intermunicipal pode fazer pela nossa qualidade de vida?




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