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Shimon Peres diz que Israel cogitou expulsar Arafat de Ramallah
Por Das Agências
31/03/2002 | 17:14
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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres, disse neste domingo que não espera uma guerra aberta no Oriente Médio, mesmo depois da escalada de violência na região. Peres disse ainda que Israel considerou expulsar de Ramallah o líder palestino, Yasser Arafat, mas decidiu não levar o plano a cabo.

"Quero citar três coisas que não pretendemos fazer", disse Peres à rede de TV americana CBS. "Não temos a intenção de ocupar as zonas. Permaneceremos ali por um curto período, (uma) semana, duas semanas, três semanas", descreveu. A segunda condição, segundo o chanceler: "não vamos ferir o líder Arafat".

"Em terceiro lugar, não vamos desativar a Autoridade Palestina, mas ela têm de cumprir seu dever".

"Não acho que haverá uma guerra total", acrescentou. "Espero um esforço total para que a Autoridade Palestina faça as coisas que tem de realizar e não fez, deter os que perturbam a ordem, as pessoas responsáveis pelos ataques suicidas."

Peres descartou que seu país tenha planos para deportar palestinos para o Egito e a Jordânia e assegurou que todos as afirmações a respeito são completamente falsas e infundadas. "Não, não temos intenções de expulsá-los nem negociamos com o Egito ou a Jordânia para isto", assegurou Peres em entrevista à imprensa em Jerusalém.

As declarações foram dadas horas depois que o deputado árabe-israelense Ahmed Tibi foi informado pelo presidente palestino Yasser Arafat das intenções de Israel de expulsar centenas de civis palestinos detidos em Ramallah.

Tibi, ex-assessor de Arafat, disse por telefone à Agência France Presse que estava disposto a fazer tudo o que fosse possível para que a expulsão não aconteça.

Em Amã, o porta-voz do governo Mohammad Adwán anunciou, em comunicado lido na televisão, que a Jordânia nunca permitirá que Israel expulse palestinos para seu país. "A posição da Jordânia é clara e firme. A Jordânia sempre deixou claro que rejeitaria, em quaisquer circunstâncias, o exílio forçado do povo palestino", afirmou.

Quase a metade da população jordaniana, de cinco milhões de habitantes, é de origem palestina.

Adwán, ministro da Informação, reiterou o apoio de Amã ao povo palestino e a "seu direito de permanecer em sua terra e a estabelecer um Estado independente em seu território nacional".




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