Em evento realizado ontem no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o ministro do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Marcos Pereira, em parceria com o presidente da ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Luiz Augusto de Souza Ferreira, e com a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, anunciou a implantação de programas do governo que visam o fomento da economia na região.

Pereira afirmou que, em um prazo de até 90 dias, a região vai contar com agenda própria para os programas Startup Indústria, Brasil Mais Produtivo, e PNCE (Plano Nacional da Cultura Exportadora). O primeiro objetiva valorizar iniciativas inovadoras – o governo vai injetar R$ 50 milhões em três anos nesses projetos. O segundo propõe intervenção em empresas de 11 a 200 funcionários, a partir de consultoria para otimizar a produção. E, o terceiro, também faz análise nas firmas de pequeno e médio porte para incentivá-las a exportar.

Além disso, de acordo com o secretário-executivo da agência, Giovanni Rocco Neto, haverá a inclusão de 28 empresas locais do ramo da Defesa no programa de inovação dos setores Aeronáutico e de Defesa da ABDI, e a criação do Observatório da Produtividade, espécie de sistema de monitoramento das companhias da região com foco na produção. “Também vamos realizar reunião na última semana de agosto para discutir o conceito de indústria 4.0”, disse. Esse conceito propõe a integração entre maquinário, empregados e tecnologias que permitem a troca de dados e computação na nuvem.

Durante o encontro, o ministro falou da perspectiva da ‘nova revolução industrial’ em curso no mundo, com a adoção das novas tecnologias no chão de fábrica, e reforçou a necessidade de o Brasil encontrar seu caminho. “O Grande ABC é o berço da indústria brasileira e deve ser protagonista neste processo de transformação da produção, que tem mudado radicalmente nesta geração. Vivemos uma evolução contínua, sem volta, de modo que é fundamental que estejamos preparados para isso”, declarou.

Pereira também ressaltou a importância da indústria automotiva da região para o País. “Não tenho dúvidas de que o processo de retomada passa por aqui (Grande ABC). Verificamos que cerca de 50% da produção automobilística, que representa 4% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 20% da indústria, estão aqui. Isso já demonstra a importância do local.”