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Gil apoiou projeto de Waldomiro Diniz
05/03/2004 | 00:12
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O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz obteve em 2003 apoio do ministro da Cultura, Gilberto Gil, para tentar lançar em âmbito federal um projeto de loteria que beneficiaria a área cultural. Idéia muito semelhante à que Diniz criou no Rio em 2002, quando presidia a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). A proposta de Loteria Liga Brasil, que seria operada pela empresa Intertevê Serviços, a mesma que atua em pareceria com a Hebara no Liga Rio – Loteria da Cultura, foi apresentada por Gil à CEF (Caixa Econômica Federal), mas vetada.

A reportagem obteve cópia do documento, datado de 4 de abril, no qual a diretoria da Caixa rejeita a autorização para esse tipo de loteria cultural. O texto remetido ao ministro diz: "Em resposta ao ofício nº 12, de 18/03/2003, informo a Vossa Excelência que, após minuciosa análise por parte das áreas técnicas envolvidas, restou concluído que a modalidade de jogo intitulada Loteria Liga Brasil, na forma desenvolvida e apresentada pela empresa Intertevê, não atende à regulamentação das loterias federais exploradas pela União."

Apesar de rejeitado, o projeto revela que Diniz continuou atuando nos bastidores do governo em favor dos empresários do jogo enquanto esteve na Casa Civil. Segundo fontes, ele teria se reunido no início de 2003 com o ministro da Cultura e o presidente da Funarte (Fundação Nacional de Arte), Antônio Grassi, que foi em 2002 secretário da Cultura no governo de Benedita da Silva (PT), ex-ministra de Assistência e Promoção Social, para vender a "boa idéia de ajudar a cultura". Gil nega.




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