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Inspetores da ONU preparam recomeço de trabalho no Iraque
Da AFP
26/11/2002 | 10:13
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Os inspetores de armas da ONU que chegaram a Bagdá nesta segunda-feira se reuniram nesta terça em seu quartel general na capital iraquiana para preparar as investigações, que serão reiniciadas nesta quarta-feira. A comunidade internacional, por sua vez, intensifica os apelos ao Iraque para que mostre cooperação total.

Após chegar a Bagdá, os 18 técnicos da Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU (Cocovinu) e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se instalaram no último andar do Hotel Canal. Entre 1991 e 1998, este mesmo local foi ocupado pelo antigo órgão encarregado de desarmar o Iraque.

O chefe dos inspetores, Hans Blix, disse nesta segunda-feira que o Iraque terá de provar que não tem mais armas proibidas e que não tentou desenvolver essas armas desde a saída dos antigos técnicos da ONU. Blix esteve reunido a portas fechadas com o Conselho de Segurança para prestar contas sobre sua recente visita de dois dias a Bagdá.

A equipe de inspetores pretende iniciar nesta quarta-feira as inspeções que marcarão a retomada de um processo interrompido por quatro anos.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, Blix teria dito ao Conselho que "o mais importante" é que o Iraque apresente uma declaração completa sobre seu programa de armas nucleares, biológicas e químicas, como foi exigido pela resolução.

O secretário geral da ONU, Kofi Annan, pediu ao Iraque que "coopere plenamente com os inspetores e respeite seus compromissos sem reservas". "É a única forma de evitar um conflito militar na região", advertiu Annan em Paris durante sua entrevista conjunta à imprensa com o presidente francês Jacques Chirac.

Por sua vez, o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, declarou que "os Estados Unidos querem estar seguros de que haverá um regime de inspeções vigoroso e eficiente, que não permita a Saddam Hussein esconder suas armas e encontrar desculpas”. “Vamos ver o que farão os inspetores", disse.

Ao mesmo tempo, Washington continua com seus preparativos militares. Um navio que transporta tanques atravessou no domingo o Canal de Suez em direção ao Golfo Pérsico, enquanto as forças norte-americanas começaram a levar equipamentos ao Kuwait e Qatar. Cerca de 50 mil soldados norte-americanos e 400 aviões já estão na região do Golfo.




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