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Família se despede de taxista em S.Bernardo

Marcos Antônio Bartoleti foi morto a facadas após tentativa de assalto; suspeitos estão detidos

Por Natália Scarabotto
Especial para o Diário
08/07/2016 | 07:00
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O corpo do taxista Marcos Antônio Bartoleti, 52 anos, foi enterrado ontem no Cemitério do Baeta Neves, em São Bernardo, em meio a comoção de familiares e amigos. Ele ficou desaparecido por 15 dias e foi encontrado morto em matagal no fim da Estrada do Pedroso, em Santo André.

O velório foi realizado no Cemitério da Vila Euclides, também na cidade, às 13h. A família e os amigos da igreja, da corporação de táxi e da antiga montadora onde Bartoleti trabalhou fizeram homenagens. Depois do velório, o corpo seguiu para o Cemitério do Baeta Neves.

Segundo pessoas próximas, o taxista era alegre e gostava de organizar reuniões com amigos. “É muita dor. A ficha não caiu ainda. É difícil acreditar que tenham feito uma maldade assim”, diz o aposentado e amigo Dirceu Ribeiro, 51.

O corpo foi encontrado pela Polícia Civil na quarta-feira com marcas de esfaqueamento. O crime aconteceu no dia 23, quando o taxista levava dois supostos clientes em uma corrida. No meio do trajeto, Bruno Andrade de Paula, 31, e Erick Carlos Mendes dos Santos, 19, anunciaram o assalto. A vítima foi obrigada a retirar R$ 2.000 no caixa eletrônico.

No dia 1º, a polícia prendeu de Paula por porte ilegal de arma e encontrou, durante revista pessoal, uma multa de trânsito no nome de Bartoleti. Após interrogatório e investigação, chegaram a Santos, que é filho de uma ex-namorada do homem mais velho. Em depoimento à polícia, Santos confessou ter participado do assalto, mas apontou de Paula como o responsável pelo assassinato. Ainda conforme ele, Bartoleti foi morto porque, durante o crime, Santos chamou o comparsa pelo nome.

Conforme a delegada do 6º DP (Baeta Neves), Kátia Regina Cristofaro, ambos estão detidos: de Paula está em prisão preventiva e Santos está preso temporariamente por 30 dias.

Os dois rapazes foram indiciados por latrocínio – roubo seguido de morte. O crime é considerado hediondo, quando não há fiança, e a pena é de 20 a 30 anos de reclusão.




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