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Agressão em Mauá remete à matança de SP
Por Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
08/09/2004 | 14:37
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O vidraceiro desempregado José Antônio da Silva, 45 anos, foi encontrado desmaiado e com um ferimento de pancada na cabeça ao lado de um campo de várzea na favela do Jardim Oratório, em Mauá. A família afirmou que o vidraceiro costumava ficar bêbado e dormir na rua. A polícia acredita que Silva tenha sido agredido com uma ou mais pauladas.

O delegado assistente do 1º DP de Mauá, Luiz Vanderlei de Lima, não descarta que os incidentes envolvendo moradores de rua que vêm ocorrendo em São Paulo, e que deixaram ao menos seis mortos e nove feridos, tenham motivado o agressor de Mauá. “Mas ainda é cedo para afirmar isso. É muito comum que pessoas com este estilo de vida briguem entre elas”, disse o delegado.

Como até a tarde de terça-feira a vítima estava internada em estado grave no Hospital Nardini, a polícia alega que não tinha como obter mais informações sobre o espancamento. “Esperamos a melhora do paciente para colher detalhes da história”, informou Lima. O hospital se recusou a dar informações à reportagem sobre o quadro clínico de Silva.

A dona de casa Marina Ana da Silva, irmã do vidraceiro, afirmou acreditar que ele tenha recebido golpes na cabeça por vagar bêbado pelas ruas da favela. “Está na moda espancar gente que dorme na rua”, disse ela. Segundo Marina, o irmão tem três filhos e não costuma brigar quando está alcoolizado.

Na capital – Com relação à série de casos que vêm ocorrendo principalmente na região central de São Paulo, a polícia suspeita de skinheads, guardas civis, traficantes de drogas e até mesmo de uma suposta gangue contratada por comerciantes incomodados com a presença dos moradores de rua. Um segurança e um ajudante foram detidos como acusados na semana passada, mas nenhuma prova que justificasse a prisão deles foi apresentada.




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