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Cão resgatado vira mascote da Polícia Civil no bairro Jardim
Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
17/10/2015 | 07:00
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Quando o mundo conspira a favor, não tem jeito: pode haver alguns desencontros, mas o que é para ser, será. Foi assim que aconteceu com os policiais civis do 4º DP (Distrito Policial) do bairro Jardim e um cão sem raça definida, hoje mascote da corporação.

Tudo começou na manhã do dia 24 de maio de 2012. Um filhote preto e branco, aparentando seis meses de vida, adentrou à delegacia. “Tínhamos ração e demos para ele comer. Ele ficou brincando com os funcionários e as pessoas que estavam registrando ocorrências. Como encontrou comida e carinho, pensamos que ficaria aqui e, como ele estava sujo, até tínhamos pedido a um pet shop que lhe desse banho”, lembra o chefe de investigação do 4º DP, Agamenon Francisco Gonçalves, 50 anos. Mas, ao contrário do que esperavam, o animal foi embora.

Duas horas depois, um motociclista, com um ferimento no pescoço, chegou ao DP pedindo ajuda para salvar um cachorro atropelado na Avenida José Antonio de Almeida Amazonas, próxima à delegacia. Ele contou, inclusive, que o seu machucado foi em decorrência de uma mordida do animal, quando tentou ajudá-lo. “Fomos até o local e vi que se tratava daquele cão que tínhamos alimentado pouco antes. Ele estava caído no chão, com as patas traseiras imobilizadas, mas, quando me viu, abanou o rabo. Acho que reconheceu que eu tinha dado comida a ele”, conta Gonçalves.

Levado ao veterinário, foi constatada a situação crítica do animal. O cachorro sofreu fratura do fêmur da pata traseira direita e fratura da cabeça do fêmur da pata traseira esquerda. Foram cinco dias de internação. Serelepe, os pontos da cirurgia estouraram e ele precisou ficar internado por mais uma semana. Sessões de fisioterapia foram mais de 70, segundo Gonçalves. Para custear todo o tratamento, a equipe da delegacia fez várias vaquinhas.

De alta e se recuperando, passou a viver no DP. O nome escolhido foi PC, por conta de suas cores, as mesmas da Polícia Civil. “Depois o apelidamos de Prejuízo Certo, por conta dos gastos que tivemos com a saúde dele”, diz, aos risos.

A tensa atmosfera de uma delegacia fica menos pesada com a presença da mascote. “Ele descontrai, o ambiente fica mais gostoso”, ressalta o delegado José Rosa Incerpi.

PC tem um espaço próprio ao fundo da delegacia. Fiel guardião, ele dispara a latir quando alguém estranho passa por lá. “Ninguém entra no DP sem ser percebido”, fala Gonçalves.

Mas o latido é só uma espécie de alarme. No grande porte de 40 quilos, há doçura e ele não dispensa um cafuné. “Cachorro não vê se se a pessoa é bonita ou feia, pobre ou rica; ele retribui o carinho. É realmente o melhor amigo do homem”, frisa o investigador.

Ambiente cinematográfico traz lembranças e charme

Cinema remete à pipoca, mas na Avenida Dom Pedro II, 622, ele está associado a uma grande variedade gastronômica, em um charmoso café. Amantes da sétima arte – e por essa razão esse é justamente o nome do local –, o casal Carlo Bovolenta Gianese e Claudete Pereira Gianese, ambos de 37 anos, estilizaram todo o ambiente de 150 m² com decoração cinematográfica. Nas paredes, quadros com pôsteres de grandes clássicos que nos levam às várias fases da vida. Quem não se lembra do simpático E.T.; ou das aventuras do De Volta Para o Futuro; e da apreensão de Tubarão? No mezanino, o boneco de Darth Vader chama a atenção de fãs de Star Wars.

“Somos amantes de filmes desde a nossa infância e, quando resolvemos montar um café, já pensamos em fazer a decoração nesse tema, em um espaço aconchegante, como se estivéssemos recebendo as pessoas em nossa casa”, fala Gianese. “Acho bacana quando alguém entra aqui, vê o cartaz de um filme e lembra de alguma situação da sua vida. A ideia é celebrar o cinema e compartilhar com quem também gosta”, completa.

O espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Projetor reproduz em telão filmes, é claro, e clipes musicais. A pipoca é substituída por pratos que vão dos tradicionais executivos a massas, saladas e lanches. Os donuts, muito tradicionais em filmes norte-americanos, também marcam presença no cardápio.

O café pode ser reservado para aniversários, casamentos, confraternizações e a ideia do casal é, inclusive, abrir espaço para a exposição de trabalhos dos apreciadores das artes. “A cultura é o complemento da educação e queremos celebrá-la de todas as formas”, conclui Gianese.

Estabelecimento tem autêntica pizza italiana

Paixão de grande parte da população mundial, a pizza surgiu em Nápoles, no Sul da Itália, por volta do século 18. A receita original se eternizou e os irmãos Marcos Fernandes Cardoso Filho, 34 anos, e Fábio Fernandes Cardoso, 30, trouxeram ao bairro Jardim, na Rua das Aroeiras, 317, a verdadeira redonda. A autenticidade é certificada pela Associazone Verace Pizza Napoletana, grupo italiano fundado em 1984 que valida a milenar receita em estabelecimentos em todo o mundo. No Brasil, apenas cinco pizzarias são reconhecidas.

Para trazer a receita ao solo brasileiro, os irmãos foram a Nápoles, onde fizeram um curso por dez dias e estagiaram em restaurantes para colocar o aprendizado em prática.

Em maio de 2013, a dupla abriu as portas de seu próprio restaurante. Os dois fornos vieram de navio da cidade italiana, investimento de R$ 90 mil. “Eles assam a pizza em um minuto e meio”, explica Cardoso Filho.

Ele ressalta que a redonda consumida no Brasil é considerada pelos napolitanos como uma torta. “A pizza napolitana é servida individualmente (o disco tem 26 centímetros de diâmetro); a massa é extremamente leve e o molho é tomate puro, com o fruto que é plantado na região do vulcão Vesúvio. É o único tomate no mundo aprovado para fazer pizza napolitana”, explica. “Outra diferença é que a pizza napolitana tem um pouco menos de cobertura, para que seja possível sentir o sabor de tudo de forma harmônica. Além disso, a abertura da massa é extremamente artesanal, feita só com a ajuda das mãos”, acrescenta.

Dos mais de 30 sabores, a mais pedida da casa é a tradicional Margherita DOC, com molho de tomate, muçarela de búfala fresca, parmesão e manjericão. “Comer a pizza napolitana é conhecer um pouco da história e da cultura de Nápoles, porque, para eles, isso é um patrimônio.” 




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