A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) realizará inspeções mensais para averiguar a incidência de agrotóxicos em alimentos distribuídos pela empresa. A regulamentação que torna a prática obrigatória foi assinada no dia 3 pelo superintendente da autarquia, Hélio Tomaz Rocha. O principal objetivo é alertar os agricultores sobre o uso excessivo das substâncias tóxicas.
Em maio, a Craisa verificou a qualidade de mais de 250 alimentos, dos quais 43% continham substâncias acima do limite permitido. Alguns itens apresentaram carbofurano, proibido no Brasil. Compostos como acefato e metamidófos, que são proibidos em vários países, também foram encontrados. Os produtos mais contaminados foram cenoura, tomate, pepino e alface.
Segundo o engenheiro agrônomo da empresa, Fábio Vezza de Benedetto, o objetivo da fiscalização é aumentar a qualidade dos alimentos. “Concentraremos as inspeções na Ceasa (Central Estadual de Abastecimento) de Santo André e nos outros equipamentos que a Craisa fiscaliza.”
Segundo de Benedetto, os agricultores que não obedecerem às normas não terão seus itens comercializados. “Eles serão notificados e só poderão vender o produto após a segunda inspeção não apresentar nenhuma irregularidade.”
O engenheiro alerta sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar o consumo de alimentos contaminados. “O ideal é consumir produtos na época certa. Também é necessário conhecer o produtor.”
A utilização e os riscos dos agrotóxicos foram tema de audiência pública, finalizada ontem na cidade.
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