Durante uma semana, o Diário percorreu os principais parques da região para fazer um raio X dos espaços de lazer público de seis cidades (com exceção de Rio Grande da Serra que não tem parque). Qual a estrutura física de cada um deles, freqüência, reclamações e aprovações dos usuários. Foram visitados 11 parques, por onde passam 367 mil pessoas por mês.
Entre os mais elogiados pelos usuários estão as duas novas áreas verdes de São Bernardo – Parque Municipal Engenheiro Salvador Arena e Cidade de São Bernardo –, o Celso Daniel e Parque Central, ambos
Parques de São Bernardo, por exemplo, são ideais para passeio e para diversão das crianças. O aquário gigante de água doce de 15 mil m² instalado na ocasião da inauguração do Salvador Arena em dezembro de 2005 é atração inédita na região.
As áreas de São Bernardo são bem equipadas, possuem acesso para portadores de deficiência, bebedouros, banheiros com papel higiênico e não há reclamações quanto à segurança.
Mas os corredores reclamam dos parques da cidade. As alamedas são cimentadas e muito íngremes, especialmente no Cidade de São Bernardo. Situação propícia para causar lesões nos atletas.
Porém, um dos problemas apresentados pelos usuários do Chico Mendes e também pelos freqüentadores das outras áreas verdes da região é a sensação de insegurança. No Espaço Verde Chico Mendes, um túnel que liga o parque Catherine D‘Agostini, o Chiquinho, espaço anexo à área, é mal iluminado à noite, com refletores desligados. A pista de cooper entre as árvores são verdadeiro breu à noite.
O engenheiro Hilton Goldenberg, 46 anos, é um dos descontentes. Ele reclama da falta de segurança no anexo que tem várias entradas. “Nunca vi ninguém tomando conta desta área.” A Prefeitura de São Caetano não respondeu às solicitações da reportagem.
O Parque Central tem 350 mil m² e é um dos maiores da região, só perde para o Parque Guapituba,
Sensação de insegurança que não condiz com a realidade apresentada pela Guarda da cidade. O comandante José Renato Silva assume a existência de problemas de segurança no Central, mas ressalta que há poucos registros de ocorrências.
O Parque Central que durante tantos anos era apenas um espaço abandonado no bairro Paraíso, região central da cidade, passou a ser referência para atividades de lazer de fins de semana desde a sua inauguração, em abril do ano passado. A programação de shows farta lota a área aos sábados e domingos. Tão lotado que faltam vagas nas ruas próximas ao parque para estacionar os veículos. A ausência de um estacionamento próprio é reclamação geral entre os freqüentadores.
Ao contrário do Parque Central, o Parque Fernando Vitor de Araújo Alves, conhecido como Ecológico, no bairro Eldorado, em Diadema, é pequeno (sua área é de 12,3 mil m²), mas atrai 30 mil usuários por mês. Os visitantes reclamam de falta de pista de cooper e de falta de alambrados em volta de toda a extensão dos campos de futebol. “Se passar uma criança, pode ser atingida pela bola”, diz o açougueiro Sérgio Alves da Silva, 45 anos. A Prefeitura rebate a crítica e informa que as cercas existem. Mas apenas atrás das traves.
Os Parques Guapituba, em Mauá, e o Municipal Milton Marinho de Moraes,
Apesar do objetivo diferente dos parques tradicionais, as duas áreas pecam em infra-estrutura básica, necessária a qualquer espaço público. Faltam bebedouros, estacionamento, acessibilidade a deficientes físicos e os banheiros não têm papel higiênico. As duas Prefeituras informaram que têm projeto de reformas, mas não há previsão.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.